Se hoje as tecnologias despontam para diversas formas de representação e interação com o desenho, compreender como os arquitetos se comunicam através dos traços realizados à mão pode ser fundamental para se aprofundar no tema da visualização arquitetônica. Através da simplicidade dos gestos, pequenos textos ou uma colagem de referências, é possível traduzir ideias de forma inovadora, diferentemente dos modos que um render pode apresentar. Por isso, evidenciamos aqui o trabalho de grandes nomes como Lina Bo Bardi, Renzo Piano, Pezo von Ellrichshausen e Mikkel Frost, que a partir de diferentes técnicas revelam distintos modos de representar um projeto.
Pezo von Ellrichshausen: O mais recente de arquitetura e notícia
De Lina Bo Bardi a Renzo Piano: quando o desenho traduz a vivência do espaço
9 arquitetos que projetaram a própria casa
Os arquitetos geralmente são influenciados pelas vontades de seus clientes, sacrificando e comprometendo com relutância as opções de projeto para atender às suas necessidades. Mas o que acontece quando os arquitetos se tornam seus próprios clientes? Quando arquitetos projetam para si mesmos, eles têm o potencial de testar suas ideias livremente, explorar sem restrições criativas e criar espaços que definem totalmente quem são, como projetam e o que representam. Desde icônicas casas de arquitetos como a Residência Gehry em Santa Monica até casas particulares que funcionam como um museu de entrada pública, aqui estão 9 fascinantes exemplos de como os arquitetos projetam quando eles só têm a si mesmo para responder.
Pezo von Ellrichshausen e Felice Varini criam um novo espaço cívico em Hull
O escritório chileno Pezo von Ellrichshausen, em pareceria com o artista suíço Felice Varini, projetou, na cidade de Hull, Reino Unido, a instalação A Hall for Hull . Comissionado pelo Royal Institute of British Architects (RIBA) e pela Hull UK City of Culture 2017, a "monumental" instalação ao ar livre, localizada na Trinity Square, conta com dezesseis colunas de aço galvanizado, dispostas em uma formação retilínea em frente a Hull Minster, conformando um novo espaço cívico para a cidade.
15 Instalações imperdíveis na Bienal de Arquitetura de Chicago 2017
Com a Bienal de Arquitetura de Chicago de 2017 a todo vapor e aberta ao público até 7 de janeiro de 2018, exploramos as galerias, corredores e salões do Chicago Cultural Center para apresentar as nossas quinze instalações preferidas. Documentada pelas lentes de Laurian Ghinitoiu e montada por nossa equipe editorial do local, esta seleção pretende lançar luz sobre a amplitude, o alcance e as preocupações abordadas em Make New History - o maior evento de arquitetura na América do Norte.
Pavilhão Bell / Pezo von Ellrichshausen
Pezo von Ellrichshausen e Felice Varini divulgam instalação na Capital Britânica da Cultura de 2017
O Royal Institute of British Architects (RIBA) e a cidade de Hull, Capital Britânica da Cultura de 2017, encomendaram ao escritório chileno Pezo von Ellrichshausen e ao artista suíço Felice Varini o projeto de uma ambiciosa estrutura temporária ao ar livre no centro histórico de Hull, uma cidade portuária na costa leste do país. O projeto, que faz parte do programa "Look Up" de instalações de arte pública, "transformará a Trinity Square com dezesseis colunas de aço galvanizado dispostas em forma de grid em frente à prefeitura de Hull para destacar a simetria de sua fachada".
Bienal de Arquitetura de Chicago divulga lista de participantes da edição de 2017
A Bienal de Arquitetura de Chicago anunciou a lista de participantes convidados a contribuir para a segunda edição do evento, que será realizada entre 16 de setembro e 7 de janeiro de 2018, em Chicago. Mais de 100 escritórios de arquitetura e artistas foram selecionados pelos diretores artísticos de 2017, Sharon Johnston e Mark Lee, fundadores da Johnston Marklee, de Los Angeles, para projetar exposições que serão exibidas no Chicago Cultural Center e em toda a cidade. Entre os selecionados, destaca-se a presença portuguesa com Aires Mateus, Bak Gordon, Barbas Lopes, Fala Atelier, Nuno Brandão Costa e SAMI-arquitectos.
"Nossa meta para a Bienal de Arquitetura de Chicago 2017 é continuar a construir a partir dos temas e ideias apresentadas na primeira edição", explicaram Johnston e Lee. "Esperamos examinar, através do trabalho dos participantes escolhidos, o contínuo envolvimento com questões de história e arquitetura como uma prática evolutiva".
Pezo von Ellrichshausen fala sobre arquitetura para a escala humana
Para Mauricio Pezo e Sofía Von Ellrichshausen, o papel do arquiteto vai muito além de lidar com problemas funcionais, bem como sociais, sustentáveis e de segurança. "É claro que a arquitetura em sua essência consiste em solucionar problemas, e os problemas mudam constantemente", diz von Ellrichshausen nesta entrevista com a The Architectural Review fora de seu Pavilhão Vara na Bienal de Veneza de 2016. “Mas provavelmente o que abrange a arquitetura é muitas vezes maior do que o problema abordado inicialmente. Portanto, pensamos na arquitetura em termos de sua grande abrangência, incorporando valores e não necessariamente propondo uma solução".
Centro Cultural Casona Quilapilún: novo projeto de Pezo von Ellrichshausen no Chile
Ao norte de Santiago, onde os limites urbanos da capital chilena se dilui em uma paisagem semidesértica, os arquitetos Mauricio Pezo e Sofía von Ellrichshausen (Pezo von Ellrichshausen) vêm trabalhando em um novo projeto. Trata-se do Centro Cultural Casona Quilapilún, um projeto de remodelação da casa patronal do Fundo Quilapilún, construída em 1850 e declarada monumento nacional em 1981.
Esta casa patronal é um reflexo fiel da vida rural de meados do século XIX em um Chile republicano ainda em constituição. Ela foi construída em adobe, vergas de espinheiro e alfarrobeira e a cobertura é de telhas de barro com estrutura de carvalho, no entanto, a passagem do tempo e os ocasionais sismos que ocorrem na região danificaram consideravelmente a edificação.
Bienal de Veneza 2016: "Reporting from Chile" (ou, do Chile para o Mundo)
No início do mês de março, no Palácio de Governo do Chile, foi organizado um evento inédito para a arquitetura chilena: membros do governo, autoridades do governo e a imprensa se reuniram para participar, da primeira conferência de imprensa em espanhol realizada pela Bienal de Veneza.
Neste contexto, um emocionado Alejandro Aravena, curador desta edição da Bienal de Veneza e primeiro sul-americano a desempenhar este papel, apresentava as últimas notícias acerca de "Reporting from the Front", a 15ª Mostra de Arquitetura que abriu suas portas ao público do dia 28 de maio:
Tanto a Bienal, quanto os arquitetos convidados, ou os que estão trabalhando na curadoria, não pretendem outra coisa senão abrir um debate que possibilite que a arquitetura e a cidade melhorem a qualidade de vida, e que os arquitetos possam compartilhar seu conhecimento para alcançar esse objetivo.
Não é a mesma coisa colocar estas questões em nossos espaços comuns de fala e colocar-las no Palácio Presidencial. De alguma forma, este evento transmite a mensagem de que estes temas são importantes. Por isso, muito obrigado pela oportunidade de estar aqui.
A presença da Presidente em um acontecimento como este é um símbolo que consolida um capítulo de avanços e conquistas da arquitetura chilena no mundo. Nas últimas décadas, a arquitetura chilena posicionou-se no mundo como uma das produções mais potentes, levando arquitetos nacionais a receber o reconhecimento que há alguns anos atrás não se podia imaginar.
Pavilhão Vara, de Pezo von Ellrichshausen's na Bienal de Veneza, é um Labirinto de Formas Circulares
O Pavilhão Vara, de Pezo von Ellrichshausen para a Bienal de Veneza 2016, é descrito pelos arquitetos como "uma série de exteriores dentro de outros exteriores". Quebrando esse mistério, o que emerge é um complexo labiríntico de círculos - dez deles - formados com aço, cimento e gesso pintados, que coletivamente criam uma série de paredes, mas sem teto, formando assim um pavilhão que é aberto aos elementos de cima. O título do pavilhão, "Vara", que conta com 324 m², refere-se a uma unidade espanhola de medição, imprecisa e obsoleta, utilizada durante a conquista do país na América para rastrear e medir cidades. Cada um dos círculos do Pavilhão Vara é um diâmetro da unidade, variando de 2 a 11.
Finite Format: Pezo von Ellrichshausen explora a diversidade da repetição na arquitetura
"Finite Format" é o nome da exposição do escritório chileno Pezo von Ellrichshausen em uma das instituições culturais mais importantes da República Checa: a Casa da Arte de České Budějovice, localizado na cidade homônima. Composta por mais de 480 pinturas (Finite Format) e uma série de seus desenhos em tinta (Infinite Motive), a exposição confirma o método dos arquitetos "para entender não apenas as qualidades artísticas em um trabalho de arquitetura, mas também os atributos arquitetônicos de um trabalho de arte", comentou a instituição.
Paralelamente, Pezo y von Ellrichshausen trabalharam com um ateliê de 14 estudantes de arquitetura da Universidade de Liberec na concepção e construção de uma maquete de 12 metros quadrados para "Infinite Motive". Tendo no círculo seu elemento básico, os autores refletem sobre como as intenções arquitetônicas podem "ser diluídas por meio da repetição de uma única figura de várias dimensões."
Inscrições abertas para o Porto Academy 2015
Pela terceira vez a Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto promoverá o evento "Porto Academy" - uma seção de palestras, workshops e viagens de verão abertas a estudantes internacionais que oferece a oportunidade de trabalhar em contato com renomados profissionais. Previsto para acontecer entre os dias 20 e 27 de julho, o participantes deste ano terão a chance de trabalhar com os arquitetos dos escritórios Pezo von Ellrichshausen, Menos é Mais e muitos outros. Veja a lista completa dos participantes, a seguir.
A explosão internacional da arquitetura chilena
O Leão de Prata concedido ao Pavilhão do Chile na Bienal de Arquitetura de Veneza deste ano, o Prêmio MCHAP Emerging Architecture para a Casa Poli do escritório Pezo von Ellrichshausen e a recente inauguração do pavilhão de Smiljan Radic para o Serpentine Gallery não são casos isolados, mas um reflexo de uma arquitetura chilena - já madura - que consegue afastar o país da imagem de uma nação rural no fim do mundo ocupada por residências unifamiliares salpicadas sobre uma geografia acidentada; uma arquitetura que se reconcilia com seus centros urbanos, projetando-os na cena mundial.
Neste contexto, o jornal britânico Financial Times dedicou um artigo a este boom de arquitetos já consolidados, como Smiljan Radic, Mathias Klotz, Pezo von Ellrichshausen e Elemental. O que ocasionou esse impulso da arquitetura chilena?
Casa Poli de Pezo von Ellrichshausen vence o MCHAP Emerging Architecture
Na última terça-feira, no Illinois Institute of Technology, aconteceu a cerimônia do Prêmio das Américas Mies Crown Hall para Arquitetura Emergente; um prêmio concedido a um arquiteto ou escritório "que tenha desenvolvido o talento necessário para conceber precocemente uma obra excepcional."
O júri, composto por Wiel Arets, Kenneth Frampton, Dominique Perrault e outros especialistas, anunciou a Casa Poli, do escritório chileno Pezo von Ellrichschausen, como a obra vencedora do Prêmio MCHAP de Arquitetura Emergente.
Sete arquitetos transformam a Royal Academy de Londres em uma experiência multi-sensorial
Recentemente a Royal Academy of Arts de Londres (RA) celebrou a abertura do que muitos estão chamando de "a mais 'épica' e 'encantadora' exposição de 2014": Sensing Space: Architecture Reimagined. Com uma série de grandes instalações concebidas por alguns dos mais aclamados arquitetos, como Eduardo Souto de Moura e Kango Kuma, a exposição imersiva cria uma atmosfera que encoraja visitantes a se tornar parte da experiência e abrir suas mentes para a esfera sensorial da arquitetura.
"A arquitetura é com tanta frequência o pano de fundo de nossas vidas", disse o curador Kate Goodwin. "Frequentemente não pensamos nela - ela é prática e funcional, mas e quando ela faz algo a mais?
A seguir, uma prévia das instalações.
Siza, Souto de Moura e Kuma comentam sobre a exposição "Sensing Spaces"
Acompanhando a exposição Sensing Spaces Exhibition em Londres, a Royal Academy of Arts produziu seis belos filmes entrevistando os arquitetos envolvidos na exibição, questionando o que os motivou como arquitetos e quais os principais temas abordados por seus projetos.
O vídeo acima mostra Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura, que projetaram conjuntamente sua exposição Sensing Spaces. Siza explica sua preocupação com as conexões entre o natural e o artificial através de seu complexo de piscinas em Leça de Palmeiras, e o modo com as formações rochosas guiaram sua intervenção. Ele também introduz a obra de seu antigo protégé, o Estágio de Braga, de Souto de Moura, como um projeto que tem a mesma compreensão do natural e do artificial.
Veja os vídeos com os cinco outros participantes da "Sensing Spaces", a seguir.
Arte e Arquitetura: Instalação Temporária "Mine Pavilion" por Pezo Von Ellrichshausen
De um lado é um plano e do outro é uma simples borda quase sem espessura; esta é a última instalação temporária realizada pelo escritório de arquitetura Pezo Von Ellrichshausen, que consideram a “Mine Pavilion” uma proporção indefinida que de alguma maneira reflete a típica silhueta das tipologias de torres escalonadas amplamente exportadas das paisagens Americanas.
Conheça mais detalhes no texto abaixo.