O edifício acolhe instalações referentes a saúde e esportes e tem iniciativa e propriedade municipal. O comissionamento do projeto se deu graças a vitória de uma equipe de arquitetura que concorria ao Concurso Público. O solar da rua San Agustín de Pamplona havia sido esvaziado devido a demolição do frontão 'Euskal Jai', antes da aquisição do mesmo pelo Município para a construção deste projeto. Além das determinações gerais de alinhamento e de vuelos do lote, o Plano Especial de Proteção e Reforma Interna do Casco Antigo previa a introdução de paisagismo ou rua interior de orientação longitudinal, perpendicular a ambas as ruas. Obviamente o projeto assume tal diretriz e, por sua vez, mostra-se sensível a influência que tem sobre os terrenos e edificações vizinhas dotando o pátio de aberturas e recessos quando situações comprometidas são geradas no perímetro da implantação.
O projeto tem como premissa a obtenção de iluminação natural suficiente para o conjunto de espaços internos do edifício, aproveitando-se das dificuldades e restrições que o local fornece. Parte-se do principio de setorização do volume construtivo segundo os lotes longitudinais perpendiculares as ruas. A ideia que rege a sessão do bloco principal é a de uma sessão compacta que agrupa e relaciona seus espaços de maior destaque. Ela reside num grande recipiente linear que evoca o volume do antigo frontão, atravessa o lote de um lado ao outro e acumula os espaços de maior importância no programa, em especial, as piscinas, as quais devem proporcionar um nível especial de atratividade e conforto. A ideia permite que as alturas de tais espaços não sejam uniformes e, em seu caso, maiores que as alturas minimas definidas por uma planta convencional. Também facilita a intercomunicação funcional, espacial e visual.
Em suma, o edifício é dividido em duas partes pela rua interna, que atravessa em cotas superiores utilizando-se de pisos elevados responsáveis pela comunicação. Ambas partes do volume são definidas pelo alinhamento da rua interior, em sintonia com o elementarismo em pauta na geração de volumes típicos da cidade histórica, oque facilita sua leitura, compreensão e controle
Os volumes apoiam-se em uma base de concreto que esconde o maquinário, localizado no piso térreo, tendo em vista a proibição da utilização de espaços escavados pelas instâncias de preservação do patrimônio arqueológico. Sobre esta base, as fachadas das duas partes do edifício se abrem de maneira sistemática mediante aberturas e tratamentos extensivos de um ambicioso nível de transparência, Tais fachadas dependem de uma solução estrutural dotada de uma série de perfis tubulares metálicos locados por todo perímetro para esconder as madeiras.
O projeto é regido pelo propósito de alcançar a claridade e eficácia máximas na organização das circulações. Dento das dificuldades geradas pela peculiaridade da implantação, destaca-se a versatilidade e flexibilidade do funcionamento da área de vestuários do edifício, locada da melhor maneira possível em relação aos percursos, com objetivo de responder adequadamente as exigências de ordem e conforto dos usuários que direcionam-se as áreas funcionais principiais do edificio: a hidrotermal e os ginásios.