Museu de Ciência e Tecnologia em Pequim / BL/KLM Architects + BIAD

A firma BL/KLM Arquitects formada pelos três escritórios Baudizzone - Lestard e Asociados e KLM Kelly - Lestard - Maldonado Arquitectos dividiram conosco o seu projeto, o atual vencedor do concurso Internacional para realizar um Museu de Ciência e Tecnologia de 26.000 metros quadrados em Pequim, China. A firma chinesa BIAD (Beijing Institute of Architecture Design) foi a sócia local na apresentação.

Entre os participantes podemos encontrar escritórios de grande prestígio internacional como Zaha Hadid Architects, Architecture Studio e Herzog & de Meuron, Suiça.

O memorial descritivo e mais informações a seguir.

© Atelier Federico Raponi

A ciência e tecnologia evoluem de maneira surpreendente, em movimento e mudança constante com uma intensa velocidade que surpreende e emociona. A ciência e a tecnologia descobriram no homem e na natureza, o universo de soluções e respostas que contempla um futuro melhor e que integra todos os fragmentos e as partes. A natureza trabalha como mediadora entre o homem e a ciência e é ali onde radica sua fortaleza e o seu futuro otimista.

Localização

Para poder projetar um edifício de singulares características que contemple a ciência e a tecnologia como expressão da nova indústria chinesa de vanguarda, primeiro deve-se formular algumas perguntas:

© Atelier Federico Raponi

Como deve ser um edifício que abriga a produção industrial chinesa de alta tecnologia e que aproveita os avanços da ciência que reconhecemos em constante evolução e mudança?  Qual deveria ser sua materialidade e imagem?

Deve o edifício refletir a arquitetura de uma época ou, pelo contrário, deve transmitir noções de abstração e permanência que perdurem no tempo e que não fique obsoleto como uma arquitetura autoral ou da moda e de linguagem passageira?

Planta Nível 0

De que maneira o edifício deve transmitir o diálogo entre a ciência, a tecnologia, a natureza e o homem como usuário direto e primeiro benfeitor dos avanços e descobrimentos?

O Parque da cultura de Pequim é um lugar que, mesmo que mude constantemente durante as estações do ano, possui o caráter e a identidade permanente da natureza.

© Atelier Federico Raponi

De que maneira se deve buscar a singularidade de um produto que transmite valores universais dentro da estrutura de um mundo virtual (que representa precisamente o passageiro e o abstrato) inserido em uma paisagem natural?

O edifício deve funcionar como um show room do parque industrial que tem a capacidade de transmitir ao visitante, a magia e a fantasia mencionada como uma ferramenta de marketing enquanto estimula o intercâmbio comercial e de conhecimento da intensa produção e pesquisa realizada.

© Atelier Federico Raponi

O edifício se integra a natureza da lagoa. Se mantém submerso e ao mesmo tempo flutua sobre ela. A operação paisagística é intensa e contundente.

Enquanto o edifício se integra a paisagem do parque cultural de maneira sigilosa, com grande caráter e autoridade, o objeto tende a desaparecer.

Corte

O novo Centro de Ciência e Tecnologia está fundado sobre terra firme. Ao enterrar o edifício e ampliar a superfície do lago, com a terra da escavação realizada se construirá uma colina que irá possibilitar o acesso a partir de diferentes lugares do parque para a praça pública localizada na cobertura.

A forma simples e pura do edifício se destaca à distância enquanto se integra com harmonia a paisagem do parque cultural. O edifício transmite noções universais e eternas. É facilmente reconhecível não por sua forma extravagante, mas sim por sua determinação e singularidade.

© Atelier Federico Raponi

Entrar no edifício nos transmite a ideia de descer para a profundidade do conhecimento, da experiência, da história e da vida. 

A materialidade do edifício em sua imagem exterior é aquela mesma do material que o rodeia: a água.

© Atelier Federico Raponi

Uma sutil cortina de água estabelece a imagem do edifício. Durante as distintas estações (com exceção das baixas temperaturas do inverno), a água re circulará na fachada do edifício. Ao permanecer fechado o edifício, se apagará a cortina de água de maneira tal que o edifício somará sua imagem ao conceito científico de transformação e mudança. Se contemplará assim, um edifício distinto e singular.

O material da água é eterno e universal. Não sairá de moda. É fruto do diálogo com o lugar e da interpretação mencionada entre a ciência, a tecnologia, a natureza e o homem. A água é o mediador entre o exterior e o interior. Seu som produz um valor agregado como ferramenta de projeto e inovação.

© Atelier Federico Raponi

O espaço coberto do edifício é uma grande praça de uso público. A Praça da Ciência e da Tecnologia esta configurada por espelhos d`água e caminhos, situações de acesso e disseminação. Será um grande lugar de união e intercâmbio. Como que emergendo desde o interior da lagoa, a praça estará parcialmente coberta pela água.

Corte

Os grande tanques da cobertura recriam e multiplicam a particular lagoa existente, retomando a tradição paisagística chinesa e também oferecendo vistas a partir da parte alta, tal qual uma ilha artificial que flutua a seis metros de altura.

Durante o verão, o outono e a primavera, o espelho d`água proverá uma proteção contra o calor e as altas temperaturas. Durante a temporada de inverno, ao congelar-se a zero graus Celsius  oferecerá proteção térmica em relação as baixas temperaturas de até menos vinte graus Celsius do exterior. Brindará um novo espaço urbano para a cidade.

Espaço Interior 3

A partir da praça se pode produzir o acesso ao edifício.

O espaço interno transmite a complexidade da ciência e o conceito tecnológico. A partir do interior se pode desfrutar da natureza artificial da cortina d`água enquanto se percebe o espaço enterrado de exposições e conferências.

© Atelier Federico Raponi
  • Arquitetos

  • Localização

    Distrito Yizhuang, Beijing, China
  • Arquitetos Responsáveis

    Baudizzone-Lestard, KLM Kelly Lestard Maldonado, Beijing Institute of Architecture Design
  • Colaboradores

    Matías Verdi, Juan Ignacio Ruffa, Mariana Odorico, Jeremias Thomas, Fernando Schapochinik, Luciano Capaccioli, Dario Storminsky, Matías Lastra, Alejo Naipauer, Gabriela Axelrud
  • Assessor Estrutural

    Alberto Feinstein
  • Sustentabilidade e Normas LEED

    Estudio Greenberg
  • Imagens Digitais

    Atelier Arq. Federico Raponi
  • Audiovisual

    Diego Pinzon
  • Anúncio Oficial Primeiro Prêmio

    Noviembre 2012
  • Área

    26000.0 m2
  • Ano do Projeto

    2011
  • Fotografias

    Atelier Federico Raponi

Galeria do Projeto

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Localização do Projeto

Endereço:Distrito de Yizhuang, Pequim, China

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Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato.
Sobre este escritório
Cita: Duque, Karina. "Museu de Ciência e Tecnologia em Pequim / BL/KLM Architects + BIAD" [Museo de Ciencia y Tecnología en Beijing / BL/KLM Architects + BIAD] 13 Mar 2013. ArchDaily Brasil. (Trad. Márquez, Leonardo) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/01-102584/museu-de-ciencia-e-tecnologia-em-pequim-slash-bl-slash-klm-architects-plus-biad> ISSN 0719-8906

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