Ampliação do Cemitério Municipal De Añorbe / MRM Arquitectos

© Mikel Muruzabal
Añorbe, Espanha
  • Arquitetos: MRM Arquitectos; Miguel Alonso Flamarique, Roberto Erviti Machain, Mamen Escorihuela Vitales
  • Área Área deste projeto de arquitetura Área:  1917
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2011
  • Fotógrafo
    Fotógrafo:Mikel Muruzabal

Ampliação do Cemitério Municipal De Añorbe / MRM Arquitectos - Mais Imagens+ 18

  • Colaboradores: Josep Agustí de Ciurana
  • Arquiteto Técnico: Andoni Ciáurriz Arrarás
  • Empresa Construtora: Construcciones Inagar s.l.
  • Arquitetos: Miguel Alonso Flamarique, Roberto Erviti Machain, Mamen Escorihuela Vitales
  • Cidade: Añorbe
  • País: Espanha
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Descrição enviada pela equipe de projeto. Descrição da Obra

A localização isolada do cemitério e do próprio município, sobre a encosta de San Martin, define alguns critérios arquitetônicos de projeto em grande escala, baseada na relação com a paisagem e a ausência de continuidade formal e funcional com a morfologia urbana do povoado. A arquitetura do cemitério insere-se no território como uma nova marca, referência física do mesmo.

A formalização do programa passa através do invólucro do novo cemitério com muros reinterpretados a partir dos existentes. Modeladores da própria paisagem, adaptam-se a ela, à sua topografia, contendo-a e apenas delimitando-a, côncavas e convexas, como ecos corbuserianos formais, incorporando seus pontos de vista, a paisagem e o céu genérico, integrados nela.

Planta

As novas paredes reordenam e reescrevem, agregam novos significados e ressignificam o conjunto partindo da preexistência da parede do velho cemitério. A transparência parcial do mesmo permite uma mediação na relação com a paisagem e evita sua percepção massiva e fechada.

Apesar da estaticidade intrínseca ao programa, a obra adquire um enorme dinamismo ao ser percorrida, ativando-se de alguma maneira no percorrer.  Descobrem-se relações com o entorno, onde qualquer caminho é uma sucessão de sequências cambiantes, desenhando distintas percepções e permitindo a releitura e compreensão da mesma paisagem.

© Mikel Muruzabal

A fábrica é construída sóbria, com um esqueleto semi-enterrado, presença da ausência que ali cresce, que guarda e contém o tempo de todos e seu próprio, representado em cada peça do bloco colocada. A parede não somente está, mas seu próprio tempo ocorre cada vez que apresenta-se ante nós.

Critérios Compositivos e Paisagísticos

O projeto surge a partir da redefinição de um espaço interno tradicionalmente fechado, desocupado e subutilizado da paisagem, para através da concepção de um limite descontínuo menos impermeável, melhorar a continuidade da paisagem, ventos, luz e natureza, elementos imutáveis ​​da paisagem e tempo.

© Mikel Muruzabal

Uma arquitetura carregada de relações que deriva suas formas das mesmas. A oposição positivo-negativo, côncavo-convexo, espaço-matéria, permite extrair dessas considerações o projeto paisagístico.

As paredes construídas se despojam de revestimentos e apresentam-se na estrutura pura, esvaziados de qualquer construção desnecessária ou acabamentos, percebendo-se assim, as qualidades anteriormente descritas. Desta maneira, evoca com a sua forma a metáfora da presença das ausências que permanecem em nossa memória e que ali enterradas, crescem.

© Mikel Muruzabal

Estas paredes suavizam ou eliminam as esquinas como processo de adaptação orgânica final para com a natureza da trama urbana passando pelo antigo cemitério. O cemitério existente modifica-se nos dois extremos para habilitar uma nova comunicação interna e um depósito de cadáveres coberto.

As formas da parede descontínua, iluminada e com material descontextualizado obstrui seu binômio função-forma habitual, permitem a leitura de uma intenção de projeto que pretende estar acima de seu uso, forma e práticas construtivas habituais.

© Mikel Muruzabal

Programa de Necessidades

O programa proposto consiste na expansão do espaço reservado para sepulturas para 100-120 na superfície, 60 nichos e 31 columbários, assim como a reorganização dos exteriores e a relação formal e funcional com o cemitério existente.

Critérios Funcionais e de Jardinagem

© Mikel Muruzabal

A nova expansão adiciona dois novos espaços mais recolhidos, mais íntimos e duas áreas abertas, além do espaço modificado do cemitério existente.

O desenho das paredes permite manter a topografia atual do lote evitando terraplanagem e a construção de muros de contenção muito agressivos à paisagem. Como não trata-se de um muro fechado em si, permite a inclinação e árvores descenda naturalmente para dentro do cemitério, favorecendo a integração na paisagem nativa existente.

© Mikel Muruzabal

As paredes que se articulam e definem a proposta são como vidros que, através de uma maior ou menor transparência, garantem a privacidade quando necessário.

Os fechamentos do cemitério deixam passar a vegetação progressivamente em alguns lugares. Na zona central e no contorno foram replantadas árvores nativas na encosta, oferecendo no interior outros tipos de árvores mais ornamentais.

Detalhe

Galeria do Projeto

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Localização do Projeto

Endereço:Añorbe, Navarra

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Sobre este escritório
Cita: "Ampliação do Cemitério Municipal De Añorbe / MRM Arquitectos" [Ampliación Del Cementerio Municipal De Añorbe / MRM Arquitectos] 03 Abr 2013. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/01-106550/ampliacao-do-cemiterio-municipal-de-anorbe-slash-mrm-arquitectos> ISSN 0719-8906

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