- Área: 3 m²
- Ano: 2007
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Fotografias:Adrià Goula
Descrição enviada pela equipe de projeto. O edifício está localizado num lugar inóspito. Um espaço verde residual entre dois crescimentos da cidade. Na acentuação da topografia um bosque serve de cenário ao solar tendo uma vista aérea completa sobre o edifício. A cobertura converte-se em mais uma fachada. Não há edificações na envolvente próxima. Neste contexto, o projeto exige definir-se como um volume único e um remate claro e horizontal criando uma linha de referência para as diretrizes naturais da envolvente.
O programa é complexo: é necessário albergar três diferentes serviços de gestão independentes com três usuários e três acessos para um único edifício. O edifício é escalonado ao longo do terreno resolvendo cada serviço num único pavimemento e, servindo-se do percurso ascendente confere um acesso natural a cada um dos três pavimentos. Por sua vez, com antecipação futura, é assegurada a exploração unitária do conjunto dispondo de um núcleo de comunicação vertical no centro de gravidade do edifício.
É um edifício contentor. Um volume compacto atravessado por três pátios que estruturas, ventilam e iluminam as zonas interiores do centros. O edifício é ainda equipado com um sistema de áreas arejadas que, qualificadas pela luz dos pátios e pelas fachadas, acolhe as circulações e os espaços de espera. Sobre esta estrutura se ordena o programa funcional solicitado.
A essência do projeto exige um material que confira uma imagem monolítica do volume. Esta exigência, em conjunto com a necessidade de garantir um envelhecimento digno com a mínima manutenção possível, fez com que se elegesse o tijolo como a melhor opção construtiva. Pelas suas propriedades físicas e estéticas, recorreu-se ao tijolo klínquer em formato castelhano. As peças especiais permitem resolver com simplicidade a diversidade de detalhes próprios da fachada. Neste ponto cabe igualmente destacar a solução da malha cerâmica como elemento eficaz de controlo solar.