A Ciência como instituição e razão deste projeto, torna possível revelar de maneira excepcional a relação do Homem com a Natureza. E se nessa relação, de um lado a Ciência se ocupa com a compreensão do existente, a Arquitetura lida exatamente com o que ainda não existe: apresenta-se como uma oportunidade de expressão do Homem e de sua criação, originando um fenômeno próprio. Diante disso, duas condições absolutas se apresentam: a situação geográfica singular onde será implantado o projeto e a instituição universal a ser manifestada.
Um museu como fenômeno, um fenômeno como paisagem.
Primeiro, o lugar nos mostra ser imprescindível que a relação entre o novo museu e a paisagem origine um acontecimento de escala territorial. O novo museu deve tornar-se um marco no horizonte como um fato geográfico.
Um museu que observa e é observado. Um edifício que se revela e origina uma nova relação entre Homem e Natureza, Arquitetura e Paisagem.
Segundo, é determinante que o novo museu deva, acima de tudo, enaltecer o valor da instituição através de sua arquitetura, ser a ciência em si mesmo. O novo edifício deve revelar esse aspecto, ser único e não ser apenas uma construção comum.
Simultaneamente o novo edifício busca em seu desenho a metáfora primeira entre a dimensão infinita do universo e a propriedade humana de compreensão da realidade através da Ciência: intervenção e paisagem, verticalidade e horizontalidade, interior e exterior, luz e sombra, cosmos e indivíduo.
A arquitetura como ato determinado da manifestação humana, um instrumento científico de aprendizado e identidade para divulgação da Ciência. Desse modo, revelam-se incontestável e determinante a síntese da significação do Museu e sua atuação no território.