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Arquitetos: Centerbrook Architects and Planners; Centerbrook Architects and Planners
- Área: 1532 m²
- Ano: 2012
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Fotografias:David Sundberg/Esto
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Fabricantes: EFCO, Epic Metals, GRACE, Kingspan Insulated Panels, Luminis Prisma Nova, Messersmith, SYMONS, Sika, South County Post & Beam
Descrição enviada pela equipe de projeto. O desenho exterior incorpora objetivos aparentemente contraditórios: ter uma presença que detenha a atenção dos visitantes e, simultaneamente, não ofuscar seu entorno intacto, na periferia de um campus escolar. Localizado na parte mais baixa de uma paisagem inclinada, entre bosques e áreas pantanosas de um lado e um campo de golfe de outro, o edifício apresenta uma silhueta baixa e ondulada. A estrutura de 1532 m² é é recoberta por vegetação da mesma coloração da flora circundante, harmonizando ainda mais o edifício com a paisagem - quase desaparecendo quando visto a partir de alguns pontos de observação.
Vista do campus, do outro lado da rodovia estadual, a fachada rítmica pode abrigar um grande número de possíveis funções, talvez um museu, salas de aula, ou um laboratório. Ela abriga, de fato, uma infraestrutura pesada: instalações de biomassa que queimam lascas de madeira para aquecer a Escola Hotchkiss e seus mais de 600 residentes e 85 edifícios em uma área superior a 110 mil m². Designado um combustível de carbono neutro pelo Comitê Internacional sobre Mudança Climática, as lacas de madeira locais são o subproduto do manejo sustentável das florestas, elas substituem aproximadamente 150 mil galões de combustível que seriam importados por ano, reduzindo emissões em geral, sobretudo de dióxido sulfúrico em mais de 90%. As cinzas que resultam da queima são coletadas e usadas como fertilizante nas hortas dos estudantes. As instalações de biomassa são parte integral da missão da escola em se tornar um campus neutro em carbono até 2020.
Centerbrook Architects, liderados por Jefferson B. Riley, FAIA, determinaram, em conjunto com o cliente, que a esta infraestrutura não deveria transmitir um ar lúgubre, melancólico, nem por dentro nem externamente. Ela expõe tecnologias ecológicas e materiais construtivos sustentáveis, atraindo um fluxo de visitantes estudantes e da comunidade. Ao longo do percurso no mezanino, que circunda a sala do boiler, uma explicação informal mostra gráficos e mapas, enquanto que uma série de consoles de computadores interativos acompanha o desempenho da usina.
A exibição também destaca diversos produtos de madeira, materiais construtivos localmente abundantes e renováveis, que foram usados por toda a estrutura, nas treliças, trilhos, laminados e painéis de compensados. Sempre que possível, foi utilizada madeira certificada pelo Conselho de Manejo Florestal ou madeira nativa; por exemplo, os trilhos foram colhidos, aplainados, secos em estufa e fabricados localmente. As treliças do edifício são de madeira laminada colada, que permite maiores vãos e otimiza a estrutura. Madeira Laminada Colada (MLC) requer menos energia para ser fabricada que concreto ou aço e pode ser utilizada para vãos e cargas maiores e formas complexas. Do lado de fora, os visitantes podem seguir o caminho natural que oferece vistas para o telhado jardim, que absorve e filtra a água pluvial.
O edifício possui certificado LEED por seus dispositivos de conservação que incluem o sistema estrutural de madeira laminada colada e renovável; equipamentos hidráulicas para conservação de água; uso de materiais locais em geral reciclados; abundancia de incidência solar em seu interior; e sistemas mecânicos de iluminação e controle de incidência solar de alta eficiência.