-
Arquitetos de interiores: Marga Rotger
- Área: 245 m²
- Ano: 2011
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto deste restaurante de Joan Marc surge a partir da fusão entre gastronomia e o entorno. Situado no coração da ilha de Mallorca, na localidade de Inca, em frente a uma praça pouco frequentada, porém muito charmosa devido à abundância de vegetação, encontramos este pequeno local onde se pode desfrutar de pratos de qualidade elaborados com produtos locais da estação em uma atmosfera única.
O objetivo do projeto sempre foi tentar introduzir a vegetação no interior do edifício, almejando um ambiente natural, sereno e agradável, ou seja, muito atraente.
A partir do interior e através das pequenas, porém abundantes, janelas criadas sobre a fachada original, pode-se apreciar a simbiose entre o exterior e o interior a ponto de nos confundirmos em relação ao limite entre estes.
O desenho do espaço e sua ambientação são conseqüência da escolha de materiais nobres, como madeira e ferro. A entrada principal já revela isso através da madeira de freixo que a reveste.
Uma vez no interior, percebe-se a fusão com o entorno; grandes trocos invadem o restaurante e apoiam pequenas gaiolas de madeira que contém, cada uma em seu interior, lâmpadas de LED que iluminam jóias exclusivas. Além disso, os galhos destes trocos, que na realidade não existem, se projetam no forro criando vazios onde está instalada a iluminação geral do espaço.
A distribuição do restaurante se dá em três áreas: uma área com sofás (feitos sob medida) iluminada pontualmente com lâmpadas compradas em lojas de antiguidades; uma área central com mesas e cadeiras de jantar modelo Papiro da casa Kartell na cor verde oliva; e uma última área com uma bancada de ferro forjado atravessada por alguns troncos. Todo o perímetro é delimitado com uma borda de cascas de árvores no nível do chão. As mesas foram desenhadas especialmente para este projeto, assim como o móvel que separa a cozinha da área de refeições.
A cozinha semiaberta proporciona ao cliente visualizar a preparação de seu prato, de modo que a distância entre chef e cliente se torna muito menor, garantindo que a experiência seja muito mais agradável e propícia a ser repetida. Esta pequena separação é feita com uma parede de madeira de freixo com prateleiras e gavetas. Um vidro fixo à meia altura entre as prateleiras permite ver o interior da cozinha e os cozinheiros trabalhando. Todo o mobiliário, com exceção das cadeiras, são projeto da designer de interiores, que detalhou à exaustão todos os espaços de armazenamento e superfícies de trabalho.
Os materiais utilizados foram, sobretudo, madeira de carvalho e ferro desenhado sob medida para todo o mobiliário (mesas, bancos, gaiolas de exposição das jóias...)
Os revestimentos foram cuidadosamente detalhados de modo a garantir o isolamento acústico em todo o restaurante, evitando os ruídos provenientes do trabalho na cozinha. O papel de parede com propriedades isolantes e os tapetes na área de sofás, além do forro de gesso laminado com concavidades, contribuem para a absorção dos ruídos. Neste conjunto de materiais predominam as cores cinza, verde e tons de madeira.
No subsolo há uma sala para reservas com capacidade para 8 pessoas e um toilette, além das câmaras frigoríficas e salas de estocagem.
Esta união entre gastronomia simples e nativa, sem ostentação nem ornamentos, com o entorno natural da ilha inspirou um projeto em que predomina o lema do escritório: "O trabalho bem feito perdura no tempo".