- Ano: 1925
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Fotografias:Rory Hyde, Steve Cadman, Jaques, Amaury Henderick, Harold Hollingsworth
Projetada de 1923-1925 como uma residência para o banqueiro suíço Raoul La Roche, a Villa Roche atuou como um espaço de exibição para a coleção de obras de arte do proprietário. Um conjunto de volumes puros que interligam o programa duplo de residência e galeria.
A junção de volumes apresenta-se já na fachada; o grande plano da fachada é quebrado em um dos extremos pelo avanço de um dos volumes, e na outra por um recorte que marca a entrada. Um volume sobre pilotis aparece perpendicular ao plano, apresenta uma parede curva quebrando com a ortogonalidade do pátio de entrada configurado pela implantação em L.
No volume maior, janelas em fita no primeiro pavimento garantem a continuidade entre volume e plano. Já no segundo andar, a composição de uma grande abertura no volume proeminente, e três pequenas aberturas no plano ressaltam o deslocamento da fachada.
A assimetria presente nas fachadas continua no interior. Um jogo de planos e recortes garante que o passeio dentro da casa seja único.
Cortes e aberturas precisas direcionam o olhar e a apreensão do espaço. Rampas, escadas e terraços, em junção com corte e avanços dos planos, o espaço é divido em um grid tridimensional em que a iluminação natural penetrada facilmente.
De acordo com “Corbusier color-space”, o esquema policromático no interior da Villa Roche –cinza escuro, azul vermelho pálidos -, em contraste com o exterior todo branco, soma-se ao arranjo assimétrico da habitação e harmoniza a sua configuração.
Abordagem de Le Corbusier no projeto da Villa Roche rendeu um grande modelo para a arquitetura francesa. Le Corbusier a descreve como: pitoresca, cheia de movimento, mas que requer uma clássica hierarquia para discpliná-la.”1