A Herman Miller, multinacional de mobiliário corporativo, acaba de anunciar os vencedores do Concurso Culturalpara estudantes e profissionais de design e arquitetura de todo país. Os participantes tinham que responder à pergunta “Como você vê o escritório do futuro no Brasil?” e enviaram um elemento visual (planta, croquis, esquemas, etc) que ilustrasse como visualiza, diante da realidade do Brasil, o escritório do futuro.
O júri escolheu, entre os 73 projetos inscritos, os que atendiam a critérios como criatividade, inovação, design e sustentabilidade. Fizeram parte do júri Stephen Perkins, Diretor de Pesquisa Internacional de Design e Desenvolvimento da Herman Miller; Luciane Baroni Vecchia, Gerente de Produtos da HermanMiller no Brasil; Marcelo Bicudo, professor de Arquitetura e Urbanismo e Design da FAU-USP e Giselle Beiguelman, midiartista e professora da FAU-USP, nas áreas de História da Arte e Design.
Vencedores na categoria estudante
Ogrande vencedordo concurso cultural Escritório do Futuro, na Categoria Estudante, foiMurilo do Amaral, estudante da Universidade Vale do Itajaí. Com um projeto de traços futuristas e com expectativas ousadas, Murilo desenvolveu uma cadeira como elemento principal para o escritório do futuro, propondo a tríade Liberdade, Interatividade e Atitude em seu conceito. Assim, as cadeiras ganharam novos significados, podendo ser “apenas cadeiras” como um verdadeiro escritório adaptado. Segundo Murilo, isso permite que trabalhos colaborativos ou concentrados sejam realizados no mesmo espaço de trabalho. A inovação e ousadia de Murilo foram destacadas pelos jurados, além da tecnologia agregada à ergonomia. Para o jurado Marcelo Bicudo, a proposta do Murilo foi a mais inovadora e seu projeto incorpora tecnologias possíveis para propor uma nova visão: a cadeira como uma célula mínima.
O2º lugarficou com Rafael Rodrigues Nabiça, estudante da Universidade Mogi das Cruzes. Rafael deu atenção especial às pessoas em seu projeto, em sua sensibilidade e no bem estar no cotidiano, ou como citou, à “valorização do ser”. Foi proposto um projeto de ambiente agradável e familiar, com cores descontraídas para deixá-lo mais lúdico e surpreendente. O uso de formas e cores agradou Giselle Begueilman e Luciane Vecchia, que também destacaram a iluminação natural e verde em contraposição à parede de LED colorida, tornando o espaço agradável e fazendo menção à sustentabilidade.
Já o3º lugarfoi para o estudanteHyago Chiavegati. Aluno de Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (FAU-USP), o estudante destacou a ausência de fronteiras internas e a resolução delas em uma peça só, o que maximiza as relações interpessoais e a produtividade. Giselle Begueilman traduziu o projeto como “ousado” e Luciane Vecchia destacou a boa utilização de curvas para definição de espaços e para promover a interação entre usuários, além da solução para iluminação e ventilação.
Vencedores na categoria profissional
O grande vencedor do concurso cultural Escritório do Futuro na categoria Profissional foi Juan Carlos Raphael Najhan de Almeida Câmara. Juan destacou a conectividade e tratou o escritório do futuro como um lugar de socialização, encontros e trocas colaborativas, além da horizontalidade hierárquica. Os pilares de seu projeto são flexibilidade e agilidade, sustentabilidade e conforto ambiental, mobilidade, socialização e acessibilidade, tema destacado pela jurada Giselle Begueilman.
O2º lugarficou comAndrya Kohlmanne o seu “Box Office”: trata-se de um projeto de escritório modular, com características funcionais e ergonômicas, que pode ser fechado quando não está em uso, tornando-se um mobiliário compacto que valoriza os espaços.. Giselle Begueilman citou a preocupação com os custos de implantação, enquanto Marcelo Bicudo identificou a ideia como bem desenvolvida e com uma boa proposta para trabalhos em rede.
Carolina Correa Araujo ficou com o3º lugar.O seu projeto propôs a união entre sustentabilidade e tecnologia para criar o conceito “Um lugar pra ficar, viver bem e se relacionar com a natureza”. O foco é que o escritório se torne um lugar agradável para viver, como uma segunda casa, o que tornaria as atividades muito mais prazerosas e, conseqüentemente, aumentaria a produtividade. A jurada Luciane Vecchia destacou o uso da energia renovável e Gisele Begueilman cita a boa exploração da questão da sustentabilidade.
Ganharam aindaMenção Honrosano Concurso Cultural, Walter Barroso Neto e Israel Ferreira de Barros (na categoria Estudantes) e Aline Staff e André Guimarães Lira (na categoria Profissionais).