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Arquitetos: Taller Básico De Arquitectura
- Área: 3428 m²
- Ano: 2010
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Fotografias:José Manuel Cutillas
Dois volumes no ar e uma estrutura como arquitetura
O Parque Tecnológico de Vitoria está imerso na natureza. A qualidade do terreno e seu declive nos fazem questionar onde construir. O projeto é composto por duas caixas que ascendem ao declive existente e sua estrutura arquitetônica, suporte dessas caixas, origina um novo plano. Este novo local é assinado pela inovação deste centro de pesquisas. Ao investigarmos novas formas de acesso, determinamos nosso espaço a um novo nível, determinado por uma estrutura de quatro bases e colorida. Duas caixas ocas de concreto habitam este novo lugar na estrutura. Todo o complexo planando permanentemente revela uma nova gravidade.
Anatomia Quadrúpede
A estrutura metálica que eleva as caixas é uma estrutura quadrúpede. Os dois elementos horizontais formam uma cruz inscrita no quadrado do inferior das caixas. Os lados destes pisos medem doze e treze metros, respectivamente. As vigas horizontais são duas IPE 500, onde repousam as caixas, evitando qualquer bloqueio. Por conseguinte, a estrutura é visível na sua totalidade. As extremidades das vigas juntam quatro elementos verticais, cada, que se tornam as pernas desta anatomia quadrúpede. Os pilares são tão largos quanto as vigas, conseguindo uma continuidade que faz com que todas as partes sejam entendidas como um único elemento. A variação de comprimentos das pernas é necessária devido à elevação das caixas sobre o declive, que permanece inalterado. Cada parte desta estrutura quadrúpede é pintada em vermelho escuro.
A estrutura da caixa
As caixas de concreto, que, como dito anteriormente, repousam sobre a estrutura quadrúpede tem a intenção de evitar a alteração da natureza. A caixa é pensada como uma segunda estrutura que substitui paredes com vigas e teto com lajes duplas. As faces verticais da caixa são vigas tão altas quanto o pé direito. Estas vigas-parede tem apenas uma abertura, definida pelas dimensões máximas que permitem que as vigas funcionem corretamente. A face horizontal da caixa é uma laje dupla reforçada. Do lado de fora, a estrutura de concreto é visível em todas as faces da caixa. No interior, placas de gesso cobrem a estrutura. A moldura da janela, desenhada como uma única linha, fica escondida entre as duas folhas. Seu desaparecimento permite uma relação simultânea entre a face superior e posterior do volume. O vão entre as folhas, tanto em paredes quanto em lajes, contém todos os sistemas de construção, como encanamento, eletricidade, voz e dados. Esta rede de sistemas resolve a flexibilidade requerida pelo escritório para sua transformação contínua.