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Arquitetos: Roswag Architekten
- Área: 583 m²
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Fotografias:Torsten Seidel & Ludger Paffrath
Descrição enviada pela equipe de projeto. Este projeto apropria-se da forma do celeiro bruto, em pedra, substituindo uma antiga construção de madeira que já estava no terreno. A nova ampliação restaura o perfil de um conjunto de edifícios agrícolas e marca a fronteira entre a vila e a reserva natural "Märkische Schweiz". Isso reforça a estrutura da vila e utiliza a infraestrutura existente, conscientemente resistindo ao transbordamento para o campo.
O celeiro rústico de pedra foi mantido em sua forma original, como um espaço não aquecido, acessado, assim como a casa, pelo norte e através de uma rampa e uma área de entrada na antiga porta do celeiro. A transição entre ambas partes é marcada por um muro de taipa, um núcleo isolado e uma fachada de vidro. Esta área "fria" leva ao interior por um espaço de circulação com uma escada para o pavimento superior. As plantas do térreo e pavimento superior abrem-se a sul para o terraço e uma água furtada envidraçada acima. O volume da cozinha, que olha para essa abertura, constitui-se como o centro ativo da casa, com uma área de estar mais tranquila para o leste. Os banheiros e instalações são organizados no lado norte. As edificações complementam-se, compartilhando uma característica de celeiro, amontando-se sob o mesmo teto.
A orientação sul da residência maximiza o ganho passivo de energia solar. Utiliza coletores solares e uma caldeira central movida a lenha. Um sistema elétrico assegura que os canos não congelem quando os moradores estiverem ausentes. Calor é fornecido pelo aquecimento no piso térreo e um sistema de aquecimento de parede embutido no gesso de argila no primeiro andar. Desta forma, foi possível reduzir o consumo de energia primária para menos de 24 kWh /am ² (normas alemãs EnEV). Água pluvial é aproveitada para as descargas dos vasos sanitários, lava-roupas e para irrigação do jardim. O esgoto é tratado no lote antes de ser liberado.
O piso térreo é fechado por uma parede autoportante de taipa em uma fundação de concreto armado. É a primeira residência a ser construída apenas com taipa desde o levantamento das disposições de emergência para habitações, feito na década de 1950, para a Alemanha. O isolamento do núcleo para as paredes de taipa entre o celeiro e a nova casa foi desenvolvido especialmente para este projeto e utilizado pela primeira vez. Foi desenvolvido usando painéis de teste na oficina e um protótipo in loco. O teto de madeira maciça laminada segue a mesmo temática de empilhamento de camadas e as paredes em taipa. O piso superior é uma construção de estrutura de madeira preenchida com fibras de cânhamo. As paredes externas também são isoladas com painéis de fibra de cânhamo. Utilizando ao máximo as materiais renováveis e regenerativos, apenas uma pequena quantidade de recursos fósseis foi consumido na construção da casa.