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Arquitetos: Max Dudler
- Área: 1300 m²
- Ano: 2011
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Fotografias:Stefan Müller
Descrição enviada pela equipe de projeto. Pano de fundo do "Festival Nacional Alemão", o Castelo Hambach é testemunha privilegiada tanto da história alemã quanto a europeia e é considerado o berço da democracia alemã por conta do Festival de Hambach sediado em suas ruínas no ano de 1832. Desde sua fundação como um posto romano em 305 a.C., o castelo foi intensamente modificado através dos séculos. Depois ser encarregado à Hambach Castle Foundation em 2002, iniciaram-se planos de modernização da estrutura, remodelação e novas construções. O concurso organizado pela Fundação foi premiou o arquiteto Max Dudler.
Dudler insistiu que qualquer adição à construção histórica deveria aumentar e não sobrecarregar a estrutura existente. A arquitetura deveria "respeitar a linguagem do lugar desenvolvendo uma arquitetura adequada que respondesse ao vocabulário da estrutura presente". Tendo em mente os mais de 200 anos de história do edifício, seu objetivo era estender a estrutura de modo sutil. Um todo arquitetônico equilibrado foi criado empregando um estilo contemporâneo baseado na tradição e na história.
Durante o trabalho de reconstrução, Dudler atribuiu grande importância à exposição da substância original do castelo. As paredes existentes foram exaustivamente limpas, abertas e consolidadas, criando assim conexões espaciais e cronológicas que haviam permanecido escondidas até então. As novas feições, feitas com materiais como madeira de cerejeira, arenito, metal e vidro, se dissolvem no espaço naturalmente e a aparência dos elementos técnicos foi minimizada.
O projeto do "restaurant1832" alocado no castelo - e dotado de um terraço de pedra com vista panorâmica - também toma seu conceito de seus grandes muros. Essas paredes foram reforçadas e resultam em um volume escultural cujo programa complementa o conjunto como um todo. O restaurante tem diversas aberturas com esquadrias alinhadas à face interior das paredes. Essas reentrâncias de diversos tamanhos são distribuídas como pinturas através do salão, criando sofisticadas composições visuais que estabelecem uma relação ampliada com a fantástica paisagem. A luz e o volume retilíneo se abrigam harmoniosamente nas existências, gerando tanto uma continuação visual da muralha medieval quanto uma evolução lógica da forma estrutural do edifício. Feitas com arenito proveniente da região, essas paredes influenciam fortemente a aparência geral do conjunto, motivo pelo qual Dudler optou pelo material similar para as adições.
A ideia de "criar um edifício a partir de uma parede" ressoa na constituição do complexo como um todo, o que resulta em estruturas comedidas, de linhas sutis que agregam ao castelo, oferecendo aos visitantes uma experiência que respeita a história do lugar.