Café do Bosque / Castro Arquitectos

Café do Bosque / Castro Arquitectos - Mais Imagens+ 39

  • Arquitetos: Castro Arquitectos; Castro Arquitectos
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2006
  • Fotógrafo
    Fotógrafo:Lorenzo Castro, Ana Velez
  • Fabricantes Marcas com produtos usados neste projeto de arquitetura
    Fabricantes:  Corona
  • Arquiteto Coordenador: Jhenny Nieto
  • Arquitetos Colaboradores: Eliana Beltrán, Julia Cano, Juan Camilo Vaquero, Ligia Cardona, Andrés Castro
  • área Praça: 1034.69 m²
  • Arquitetos Projetistas: Ana Elvira Vélez Villa, Lorenzo Castro Jaramillo
  • Cidade: Medelin
  • País: Colômbia
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© Lorenzo Castro

Descrição enviada pela equipe de projeto. O edifício faz a transição para a entrada do Jardim. Sua presença na esquina da Rua Carabobo o converte na primeira imagem representativa do Jardim na cidade. Conformado por muros de concreto ocre de geometria elíptica e inclinados para fora que se deslocam para criar as aberturas das portas. O piso reforça a intenção: trabalhado em uma só superfície de concreto, dá continuidade aos muros que conformam o pátio que contém um espelho d'água. A perda de referência de limite produzida pelo reflexo dos muros e do céu concede mistério ao espaço. O som da água em constante circulação ao longo de toda a sua borda, isola o ruído da cidade. A elevação da cobertura também permite uma relação mais franca com o exterior, definida unicamente pela sombra.

Planta Geral

Café do Bosque / Castro Arquitectos - Mais Imagens+ 39

Café e loja funcionam tanto no interior do jardim quanto em direção à cidade. À frente do café se dispõe um terraço contido por taludes e sombreado pelas árvores. A superfície da cobertura e sua textura mineral em continuidade ao muro são fundamentalmente relatos do tempo, refletido na pátina das marcas da água, líquens, musgos, convertendo o edifício em um vazio mineral que se dilui no jardim vegetal. O Café do Bosque, mais que um edifício, propõe uma atmosfera rica em ambiente que estabeleça um forte vínculo entre o Jardim e a cidade. Sua potência concentra a força do projeto urbano e nele se dilui.

© Lorenzo Castro

O edifício se constitui por dois muros curvos independentes que suportam a cobertura em balanço. Este conjunto de elementos resguarda os espaços do projeto e definem a entrada do Jardim Botânico. A complexidade geométrica é um dos principais atributos destes elementos: em planta, no nível do piso, os muros que conformam o conjunto têm quatro centros de curvatura distintos e se inclinam a 15° da vertical. No nível da cobertura, os balanços variam entre 2 e 10 metros. A análise estrutural e a elaboração do modelo no software SAP 2000 foi um processo laborioso no qual se obteve uma estrutura estável com equilíbrio entre economia e segurança. A condição geométrica do projeto, associada à baixa capacidade portante do solo presente na implantação, obrigou o sistema construtivo a incluir estacas cravadas de 13 metros de comprimento e seção de 40 centímetros, amarradas no topo por uma viga de 60 por 60 centímetros de seção. O espaçamento entre as estacas é de 2 metros.

Corte 2

Os dois muros que compõe a estrutura são em concreto reforçado de 40 centímetros de espessura  se unem no nível da cobertura: a condição instável demandou um ponto de contato, próximo à cobertura para não afetar a concepção arquitetônica do projeto. A estrutura de cobertura consiste de uma placa de concreto inclinada de seção variável entre 40 e 25 cm. Para solucionar as tensões a que está submetida e evitar infiltrações ela foi tensionada transversalmente.

© Lorenzo Castro

Foram cravadas 56 estacas de 13 metros de profundidade ao longo da projeção da base dos muros. Da viga de amarração entre os topos das estacas se elevam os muros inclinados de 40 cm de espessura e 5,5 metros de altura. Já que o concreto permanece aparente, foram realizados vários testes de formas (madeiras, modulação, retirada) e tipos de concreto (cores, agregados, plasticidade, juntas de dilatação) com a colaboração de Cementos Argos. Com base nos resultados, foram escolhidos a madeira Soho e um concreto pigmentado com óxido de ferro que atribui um tom ocre ao material. Paralelo a esse processo, se armaram os reforços, com vergalhões que variam entre meia e três quartos de polegada.

Detalle 1

A concretagem se iniciou no anexo previsto para a subestação, verificando os resultados definidos a partir das amostragens, para em seguida avançar para os muros principais em três etapas: dois tramos de 2m de altura e um terceiro com o ângulo de encontro entre os muros e a cobertura. Em paralelo, foram fundidos os muros secundários (não estruturais) que compreendem as áreas de apoio - informações, bilheterria, banheiros, salas técnicas, etc.

© Lorenzo Castro

Ao terminar a concretagem dos muros iniciou-se a da cobertura. Para garantir a estabilidade do conjunto, avançou-se a partir das áreas de amarração dos muros. Por fim foi feito o piso, Os interiores são cinza escuro e o pátio e áreas exteriores, ocre. Ambos são tratados com aditivos endurecedores superficiais e agregados de quartzo e polidos com enceradeira mecânica. As juntas foram feitas posteriormente por corte e seladas com materiais semirrígidos de base epóxica.

© Lorenzo Castro

Galeria do Projeto

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Localização do Projeto

Endereço:Medelin, Colômbia

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Localização aproximada, pode indicar cidade/país e não necessariamente o endereço exato.
Sobre este escritório
Cita: "Café do Bosque / Castro Arquitectos" [Café del Bosque / Castro Arquitectos] 23 Jun 2013. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/01-122030/cafe-do-bosque-slash-castro-arquitectos> ISSN 0719-8906

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