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Arquitetos: Marcelo Villafañe; Marcelo Villafañe
- Área: 161 m²
- Ano: 2005
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Fotografias:Walter G. Salcedo
Descrição enviada pela equipe de projeto. Sua posição no terreno e seu arraigamento se produzem em torno a uma aparência singular, anti mimética, que cumpre com certa alienação enquanto registra através de sua quase panóptica visão, todas as direções possíveis de um terreno vasto e plano; inegavelmente está assentada em um pedaço do pampa.
Parece estar ao contrário, é uma casa de frente cega perfurada, se assim quiser. Os espaços de serviço em alguma medida dão intimidade para a vida da casa que se abre para dentro do terreno.
A entrada se percebe em primeira instância, se busca, como uma experiência, ingressando pelo ângulo mais agudo dos dois volumes.
é uma casa de duas plantas: dormitórios acima e com pé direito duplo, compondo uma planta quebrada em forma de gancho duplo, gerando ângulos distintos, alguns muito agudos, sempre livres em seus movimentos.
Se buscou o contraste da luz nas quebras dos diferentes ângulos, com sombras mais claras e mais escuras, segundo a hora do dia e sua colocação a respeito do diagrama do quadrante solar horizontal de 35º. Foi possivel cosntatar diagonais de sombra em alguma faces que desarticulam a ideia de caixa para uma ideia de forma irregular.
Toda a ideia de sistema se corresponde a um pensamento lógico, a uma estrutura que dá o suporte. Os blocos de cimento em sua repetição e sistema construtivo admitem ausências que tornam-se em buracos que são janelas; todas de ferro e de vidro coloridos, algumas se abrem, outras são fixas e outras são somente blocos recuados.
De madeira multilaminada, a escada é puro sistema: 5 picos (de 3 tiras de 1,5 cm coladas, evocando a madeira terciada) e 4 vazios. O plano horizontal corresponde a trilha que fornece estabilidade ao movimento lateral de flambagem, já que os picos aguentam por si cargas muito superiores às normais de uma escada. A partir das separações entre os picos e do empilhamento se consegue uma sensação de instabilidade somente aparente.
Esta ideia de trabalhar entre o sistemático, a retícula, o lógico e o caótico, não como tal mas sim como outra ordem: mais livre, menos formal e mais amorfo; é algo que me está sendo cada vez mais atrativo, a cada dia, obra depois de obra.