Projetado por Javier Mosquera González, o primeiro lugar no Concurso Centro Cultural Chapultepec pretende atuar como um polo de cultura na cidade de Guadalajara, incorporando espaços públicos intermediários, jardins, salas conectadas e uma sequência de solidez e filtros.
1. Marco da cultura
A área de Chapultepec abriga uma atividade cultural intensa em suas ruas. Livrarias, salas de exposições, cafeterias e shows ao ar livre, entre outros, tornaram-se o motor desta parte da cidade de Guadalajara. Para eles, uma referência na cidade, um polo da cultura que emerge acima das construções existentes e que é reconhecido a partir de toda a cidade. Um marco da cidade.
2. Espaços públicos intermediários
A esquina da Avenida Chapultepec, onde se localiza o projeto, tem o térreo liberado permitindo ao pedestre circular livremente por ela. Jardins públicos são colocados entre os apoios do edifício, enquanto este se eleva e seu volume se fragmenta em diversas peças que, empilhadas em altura e separadas por vazios, configuram o CCCH. Dessa forma, a cidade dispõe de quatro praças públicas, além da existente no térreo, onde acontecem exposições e atividades culturais ao ar livre. Os espaços públicos externos são multiplicados. Por sua vez, os volumes entre os vazios abrigam o programa interno, cumprindo com suas necessidades técnicas mais específicas. Três pavimentos se estendem até o porão, onde ficam os espaços de estacionamento solicitados, acessados através de dois elevadores, reduzindo os espaços desnecessários ocupados pelas rampas tradicionais.
3. Jardins no alto
Da mesma maneira que a vegetação define a avenida principal e consegue ordenar a planta baixa, os vazios gerados em altura se completam com vegetação nativa criando jardins ao ar livre. Espaços de exposição que contemplam a cidade de Guadalajara ou que celebram eventos de todo tipo em qualquer ocasião. A vegetação é entendida não só como elemento ligado ao terreno mas como uma possibilidade de criar espaços agradáveis em cotas superiores.
4. Salas conectadas
O interior do centro cultural se apresenta como uma sucessão de espaços gerados pela estrutura das paredes do edifício. Os espaços são definidos de tal modo que o museu pode ser organizado de múltiplas maneiras e sem a presença de pilares que obstruem a visão e a distribuição das salas. Uma série de vazios nas lajes permitem a relação diagonal entre os espaços, sendo possível entender o centro cultural como um todo formado por múltiplos espaços que abrigam manifestações culturais complementares.
5. Solidez e filtros
O sistema construtivo do edifício consiste em quatro núcleos de concreto que garantem caixões formados por paredes estruturais, cuja rigidez é garantida pela estrutura das paredes interiores que conformam as salas. Grandes caixões de concreto suportados pelos núcleos de comunicação e instalações. O fechamento externo é resolvido com painéis de aço perfurados com diferentes diâmetros, permitindo a passagem de luz ao interior de maneira controlada. Painéis solares e sistemas de captação de água da chuva como suporte à climatização do edifício garantem eficiência energética optimizada. Isso somado à premissa de menos ar condicionado e mais senso comum devem definir o caráter de uma instituição tão importante para a cidade de Guadalajara como será o CCCH, marco de sua cultura.
Concurso
Centro Cultural em ChapultepecPremio
Primeiro LugarNombre de la Obra
Primeiro Lugar do Centro Cultural em ChapultepecArquitetos
Localização
Guadalajara, MéxicoAno
2013Fotografia
Cortesia de Javier Mosquera González