Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto Arquitipo-UNARTE atende à necessidade da própria universidade de ampliar oficinas/salas de estudo e uma galeria de arte.
A ideia foi que o projeto se trabalhasse a partir de um conceito de protótipo, cujo o resultado foi um modelo que refletisse o compromisso de UNARTE com o binômio arte-educação. O processo de desenho também levou à inclusão dos princípios de acessibilidade, sustentabilidade e integração à comunidade para estabelecer o "modelo UNARTE".
O edifício é implantado onde se localizava o estacionamento do campus. O enfoque do projeto foi empilhar o programa arquitetônico em um edifício compacto, reduzindo sua pegada ao máximo com a ideia de fazer uma cessão urbana à topografia original à colina da Paz. Mais da metade do terreno foi restaurada com vegetação nativa promovendo o surgimento de flora/fauna silvestre e aumentando a capacidade de infiltração de água da chuva no solo. Para conservar a área verde e gerar espaço aberto, foi proposta uma estrutura em forma de "origami" que surge do edifício para enquadrar o acesso a partir do campus e que ao tocar a área permeável se desdobra em uma praça elevada na outra extremidade do campus. Este gesto gera um elemento inclinado em camadas.
Uma faixa contínua na fachada abraça o perímetro o edifício, estabelecendo a transição entre a escala residencial da área e o interior de UNARTE. Sua forma foi projetada para proteger o edifício da incidência de luz solar direta e atua como regulador de luz natural difusa no interior dos espaços habitáveis. No exterior esta estrutura se mostra como um elemento neutro que "flutua" sobre a fachada do muro existente que se volta para o interior é dobrado para caracterizar e marcar o acesso ao edifício a partir da rua.
A fachada interior é formada pr painéis de concreto reutilizados, cuja função principal é ser uma "tela em branco" para a comunidade - atualmente utilizada para projeções e ciclos de cinema.
No interior o conceito foi recriar a atmosfera de oficina, onde a intimidade, privacidade e elementos estimulantes estão presentes. O conforto e a capacidade de modificar as características espaciais era uma diretriz, dada a oferta acadêmica diversificada. O projeto resolve ista questão separando o edifício da parede ajacente por um metro - permitindo o transporte de luz natural ao interior, controlando sua abertura através de portões motorizados para criar ambientes distintos. Esta fachada dupla permite ventilar naturalmente as oficinas controlando manualmente a velocidade do ar (efeito chaminé). O projeto utiliza este espaço de serviço para emoldurar o mural do artista Raymundo Sesma / Campo Expandido trazendo à arte ao interior do espaço.
Na galeria de arte o requisito foi criar um espaço neutro. A luz natural entra no espaço por meio de um "dente de serra", desfocada por um tecido translúcido que cria uma atmosfera limpa, luminosa e suave. Isto busca manter a qualidade visual da exposição sem os efeitos negativos da luz solar direta.