Museu de Arte Nacional da China / Gehry Partners

Gehry Partners acaba de lançar a sua proposta bastante antecipada para o Museu Nacional de Artes da China (Namoc), em Pequim. Embora rumores do ano passado tenham dito que Frank Gehry e Jean Nouvel eram os principais candidatos da competição, com Nouvel na liderança, o vencedor ainda não foi confirmado.

O projeto de Gehry, que se destina a promover a compreensão intercultural e o apreço pela arte contemporânea chinesa, visa estabelecer um novo padrão de arquitetura chinesa do século 21. O elemento mais marcante do projeto é a fachada de "pedra translúcida", um novo tipo de vidro desenvolvido pelo grupo Gehry Partners.

Mais imagens e descrição do arquiteto abaixo...

Cortesia de Gehry Partners

O museu formará a peça central de um novo bairro cultural em Pequim. Localizado ao norte do centro da cidade, no Parque Olímpico, o distrito será composto de quatro museus. O Namoc irá ocupar o local mais importante para o eixo central do Parque Olímpico. O principal objetivo do concurso era criar um projeto que abordasse o conceito de uma arquitetura chinesa do século 21. Nós criamos um projeto que está adaptado exclusivamente para a China e sua rica história cultural, evocando modelos históricos sem copiá-los, para criar um edifício inovador diferente de qualquer outro no mundo.

Ao longo dos nossos projetos, buscamos uma forma de expressar o movimento com materiais inertes, como os gregos fizeram com os cavalos e soldados de mármores e como as figuras de Shiva na Índia. Nosso esforço para expressar um movimento sutil na fachada é o que nos levou a estudar o vidro.

A fachada é revestida com um novo material desenvolvido pelo grupo Gehry Partners - a pedra translúcida. Evocativa dos materiais chineses mais preciosos, ele tem as qualidades da jade. De todos os materiais que exploramos, encontramos o vidro para ser o mais transcendente e simbólico das pinturas de paisagens chinesas, da água em movimento, as das montanhas cobertas de nuvens. Ele cria um impacto emocional sobre os visitantes e dá ao edifício uma aparência imponente e nobre, apropriado para um museu nacional.

A pedra translúcida faz parte do conceito de fachada sustentável inovadora que integra um espaço aéreo ventilado para reduzir o aquecimento e refrigeração do edifício. Além disso, o espaço aéreo é usado para exibir banners de arte e projeções, que fazem com que fachada do edifício mude e mantenha-se atual em um futuro distante, mesmo tornando-se uma tela para projetos de artistas.

Fachada Oeste com banner de Wu Guanzhong

As entradas e o interior do edifício foram organizados para acomodar um número sem precedentes de visitantes esperados no museu. O edifício foi concebido de forma eficiente e para acomodar confortavelmente 38.400 visitantes por dia e cerca de 12 milhões de visitantes por ano, permitindo Namoc ter a maior presença de qualquer museu do mundo.

Terraço jardim

Quatro entradas foram distribuídas em cada canto do edifício para facilitar o ingresso de um grande número de visitantes e minimizar as filas. Cada uma das quatro entradas está ligada a um dos quatro sistemas de escadas rolantes que proporcionam a distribuição rápida e eficiente dos visitantes para todas as partes dos museus. A entrada principal està no centro da fachada oeste, de frente para o Parque Olímpico. A articulação desta entrada evoca a silhueta de um templo chinês.

Espaços públicos no interior e circulação, representados como sólidos

O interior do edifício está organizados em torno de uma série de grandes espaços públicos, ligados verticalmente por escadas rolantes. Estes espaços foram inspirados em templos chineses e possuem vazios ocupáveis. As formas são apenas legíveis a partir do interior. Os espaços públicos fornecem um dispositivo de orientação para os visitantes para circular facilmente no grande museu e estabelecer uma continuidade formal entre as formas da fachada do edifício e do interior do museu. Além de fornecer acesso a galerias de arte, espaços públicos oferecem oportunidades para  espaços de arte e eventos de grande porte.

Hall principal

A organização das galerias foi desenvolvida através de discussões com o Namoc. Sessenta por cento das galerias são dedicadas às coleções permanentes de arte chinesa do século 20, caligrafia chinesa, arte popular chinesa, e a arte internacional. A coleção permanente está alojada no segundo, terceiro e quarto pavimento. O térreo, o quinto pavimento, e o terraço abrigam as exposições de arte contemporânea. Eles são mais altos e têm uma maior variedade de forma e escala.

© Gehry Partners

O museu possui um conjunto completo de funções de apoio. Uma academia de arte, um instituto de pesquisa de arte e conservação, cinco auditórios, lojas, restaurantes e cafés. Áreas de armazenamento de arte de grande porte têm sido incorporados ao projeto do museu.

Biblioteca da Academia de Arte

O projeto do museu foi desenvolvido com um conceito de sustentabilidade integrada. O projeto é baseado em uma estratégia de baixo impacto e alto conforto, que inclui conceitos de redução de energia, otimização de sistemas de instalações e substituição de recursos renováveis.

  • O desenho da fachada inovadora reduz o aquecimento a refrigeração do edifício. A ampla iluminação natural dos espaços de circulação reduz a iluminação artificial. Células fotovoltaicas são incorporados no telhado e geram energia suficiente para abastecer 100% da iluminação artificial do edifício. Os poços geotérmicos incorporados no sistema de fundação do edifício são usados ​​para satisfazer 100% das necessidades do sistema de aquecimento e refrigeração.
  • O impacto calculado do conceito de sustentabilidade integrada é de 57% de redução no uso de energia e das emissões de carbono, o equivalente a 275 famílias de Pequim.

    © Gehry Partners

    Gehry Partners desenvolveu um plano diretor das áreas em torno do museu para conectar com o o programa da área cultural. Um parque na zona portuária será revitalizado para fornecer novos espaços públicos. A conexão com o metrô se dá no primeiro nível abaixo do piso que liga diretamente ao museu. Um novo parque para o leste do museu oferece um espaço aberto público adicional e jardins de esculturas, como uma extensão do museu. O telhado do museu tem um jardim público que permite aos visitantes uma vista para o Parque Olímpico.

    Galeria do Projeto

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    Sobre este escritório
    Cita: Rosenfield, Karissa. "Museu de Arte Nacional da China / Gehry Partners" [National Art Museum of China Entry / Gehry Partners] 05 Ago 2013. ArchDaily Brasil. (Trad. Martins, Maria Julia) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/01-131803/museu-de-arte-nacional-da-china-slash-gehry-partners> ISSN 0719-8906

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