Com o objetivo de conectar Haifa com o mar, a proposta para a nova orla do escritório Amir Mann-Ami Shinar Architects and Planners foca na criação de um grande espaço público aberto ao longo da água. Alguns novos "armazéns" com estruturas lineares e apenas dois andares serão construídos, mantendo, junto com os edifícios antigos, o caráter industrial. Além disso, com os antigos guindastes, os transportadores aéreos de grãos e outras instalações portuárias irão manter a atmosfera única do porto. Mais imagens em seguida.
Haifa: Cidade e Porto
Haifa é uma cidade à beira-mar, mas sem acesso ao mar. Uma vez que foi construído, em 1933, o primeiro porto moderno na Palestina que bloqueou totalmente a própria cidade em relação ao mar. Hoje, seus cais estreitos estão desatualizados, a maioria das atividades portuárias foram transferidas para o novo Porto Oriental, com novos cais destinados à grandes navios e grandes áreas para contêineres, grandes demais para o antigo.
Haifa precisa hoje de uma aproximação com o mar mais do que nunca. Mas, aqui encontramos uma área densa de conflitos de interesses. Quem tem a prioridade - A cidade? O porto? O trem? Além disso, nesta pequena área muitos órgãos governamentais estão envolvidos, cada um cuidando apenas de seus próprios interesses, ignorando os outros e, definitivamente, a cidade. Entre eles, o poderoso sindicato dos trabalhadores portuários é o mais dominante, com a oposição consistente a qualquer mudança, a menos que haja a compensação com um novo cais.
Desafios
Os dilemas e desafios inerentes a este plano são realmente graves: Como converter um porto ainda operante em um espaço urbano? O que deve ser feito com o celeiro, ainda sem alternativas? Que atividades devem ser desenvolvidas? Residenciais também? Devemos construir novas estruturas? Se sim, onde? Quão alto? Para qual uso? Como é será realmente a ligação da cidade com o mar? Como superar a barreira do trem?
Estudamos detalhadamente as especificidades do local, suas limitações e possibilidades, bem como as posições de todos os envolvidos. Estudamos áreas semelhantes em outros lugares e com um intenso processo de planejamento de dois anos, com todos os órgãos envolvidos, foi desenvolvido um plano com base nas seguintes ideias.
Cinco princípios para o projeto
1. Um grande passeio de pedestre ao longo da água, um espaço público generoso;
2. Atividades contínuas ao longo deste passeio: cafés, restaurantes, pequenos hotéis, mercados ao ar livre, atividades culturais e muito mais. Sem shoppings fechados, sem área residencial, em suma, este não é um projeto impulsionado pela especulação imobiliária, nem uma "armadilha para turistas";
3. Reutilização de todos os armazéns portuários restantes para uma variedade de atividades;
4. Co-existir com algumas atividades portuárias; manter seu espírito industrial autêntico;
5. Construções baixas, preservando as longas vistas da cidade para o mar.
80% de toda a área do terreno é um espaço público aberto, a área construída é mais de 20%, mas mesmo assim ainda mantém cerca de 100.000 m² de usos mistos, principalmente no térreo. A zona oeste: Aqui os visitantes irão deixar seus carros em uma grande área de estacionamento e caminharão em direção a avenida através de três novas "ruas", desfrutando de longas e belas vistas sobre corpo principal de água, com sua cena mutável de navios indo e vindo. Aqui também renovaremos o único elemento residencial na orla, os restos de um pequeno bairro árabe, hoje preso entre o porto e a ferrovia. O porto militar adjacente, uma vez evacuado, irá desenvolver da mesma forma, seus cais e será convertido em uma marina de iates. Os caminhos de pedestres continuarão, formando um rede de pequenas ruas e praças.
Para a área central e a barreira da ferrovia foram construídas pontes. Antes que do porto construído, o principal acesso ao mar estava aqui, na parte inferior da Ben-Gurion Boulevard, descendo o magnífico Jardim Bahai. Neste ponto, o colonos alemães (que estabeleceram a futura Haifa) construíram um píer para receber o Kiser Wilhelm em 1898. Porém, talvez aqui seja, mais que os outros lugares, onde a barreira da ferrovia é mais aparente e forte.
Esta via do trem deverá ser suprimida, mas em um fase desconhecida. Portanto. como uma solução provisória, criamos dois edifícios que servem como ponte, com algumas lojas, cafés, etc, em ambos os pavimentos, com uma base do lado da cidade e uma no lado do mar. Estes edifícios também formam uma espécie de portal urbano para o mar, a Ben Gurion Plaza. Uma que a via seja suprimida, estes edifícios e o portal operarão sem alterações.
Na zona leste iremos reutilizar três armazéns abandonados com destaque para o Hanger 15, uma impressionante "catedral" de concreto com 10 mil m² que podem abrigar diversas atividades, tanto comerciais quanto culturais. Não serão necessários outros novos edifícios. A nova orla de Haifa transformará esta zona de conflito em um lugar de novas oportunidades.
O plano foi aprovado pelo Conselho Nacional de Planejamento de Israel neste ano (2013), foi apresentado ao público e todas as partes interessadas, que entusiasticamente aceitaram: todos exceto um, a própria Companhia do Porto. O próximo desafio será convencê-los de implementar este plano.
Localização
Haifa, IsraelEquipe
Ami Shinar (Arquiteto responsável e Coordenador do projeto), com Mayan Aliman, Rami Kopti e Elad GeifmanPaisagismo
Braudo - Maoz Landscape Architecture Ltd.Engenharia de Tráfego
Yehuda Arie, DEL EngineeringEconomistas
Ran Haklai Urban Economics Ltd.Participação Pública
Yael LevanonCliente
Ministério do Interior, Planejamento e Administração – Ronit Mazar, DiretorCidade de Haifa
Ariel Waterman, EngenheiroÁrea
Total: 120 H, área total: 70 H; 1a fase (porto comercial oeste): 35 H; 2a fase (porto militar): 35 HÁrea construída
ao longo da orla, 1a fase: 100.000 m², 2a fase: 100.000 m²Comprimento do Cais
2.4 KmÁrea Coberta
50% de espaços para pedestre, 30% de estacionamentos e serviços, 20% área construídaPlanejamento Porto Norte
em colaboração com Modulog- David Shlasky Architects e Doron Tsuf-Eli Zilberberg ArchitectsAno
2013Fotografias
Cortesia de Amir Mann-Ami Shinar