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Arquitetos: Damien Fluchaire & Julien Cogne
- Área: 835 m²
- Ano: 2012
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Fotografias:D. Fluchaire, P. Terraz , A.Ravix
Descrição enviada pela equipe de projeto. Testemunha do compromisso do município com os seus distritos, a casa de Chutes-Lavie é o novo equipamento desportivo para a comunidade do quarto distrito de Marseille. A ambição por um equipamento social próximo a uma área sensível é ampla e ambivalente: se as restrições são de sustentabilidade, fácil manutenção, incolumidade do equipamento a danos intencionais ou não; necessidades, entretanto, afetam questões mais profundas e sensíveis: de análise, reflexão e respeito. No centro da organização do esporte, educação e vida familiar, a casa tem um importante papel na vizinhança. É desta dicotomia que o projeto retira sua essência: a espessura e resistência dos materiais, como concreto e aço, unidos por um vocabulário contemporâneo, sensível, quase delicado, como uma pedra preciosa.
Essas iniciativas brilham sobre toda a cidade e participam do "living together". O urbano e o humano, estes dois vetores da cidade, se unem e participam do desenvolvimento de uma vizinhança e de uma cidade. Em Marseille, Capital Europeia da Cultura em 2013 e candidata a Capital Europeia do Esporte em 2017, a segunda cidade da França está definitivamente voltada para o futuro.
Localizada em uma vizinhança de arquitetura comum e conhecida pela criminalidade, a nova construção ocupa um terreno grande, com um edifício multiuso, um jardim de infância e campo de esportes ao ar livre existente. O projeto possui dois pavimentos, com oito escritórios para associações locais e dois salões de esportes com vestiários e depósitos. O térreo foi redesenhado para fornecer estacionamento, um amplo playground para as crianças e um caminho acessível a partir da rua para pessoas com deficiência. Jardins pedagógicos foram desenvolvidos para que as crianças participem da arborização da área.
O edifício monolítico, projetado em concreto, pretende ser rústico e sustentável, mas também contemporâneo e de qualidade: concebido em materiais rústicos, o edifício em concreto revela seu leve jogo de texturas, enquanto o revestimento de aço inoxidável exibe uma pele brilhante de metal com perfurações, proporcionando uma "vibração" no contraste das sombras, protegendo assim a construção de intrusões e ganho de calor.
Então há dois graus de compreensão: Em primeiro lugar, o padrão geral em todo o edifício funciona sob um padrão de vegetação inspirado por um ponto de vista impressionista da descoberta dos pinheiros no meio de Provence. Em segundo lugar, no nível do homem, estas perfurações interpretam o padrão do plano da vizinhança e formam "símbolos" de cheios e vazios, criando um vocabulário de sinais primitivos, um tipo de código "místico" para um edifício que se torna a definição de um vínculo social tão precioso. Sobre o tema subjacente do homem em seu ambiente, este projeto é uma resposta poética à necessidade de equipamentos.