-
Arquitetos: Athfield Architects
- Área: 3500 m²
- Ano: 2012
-
Fotografias:Matt Paterson
-
Fabricantes: ATS Timber, Kaynemaile
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto para o edifício da Faculdade de Artes Criativas da Universidade Massey em Wellington, chamado de Te Ara Hihiko, é o produto de um concurso de projetos cujo ganhador é o escritório neo zelandês Athfield Architects Ltd em parceria com Dunning Thornton Consultants e Arrow International.
O edifício está disposto num eixo norte-sul e compreende um par de containers empilhados verticalmente de maneira sublime e leve. O volume abriga estúdios que se projetam por cima de uma colina, escalonando o cortorno e envolvendo a circulação principal, conectando os terraços superiores e inferiores do campus, inspirando o nome aborígene Maori do edifício, Te Ara Hihiko, "o percurso criativo".
Ao longo do núcleo do edifício, numa junção entre elementos suspensos e com base sólida, se atravessando de leste à oeste, de cima à abaixo, estão ambientes de pé-direito duplo que permitem vistas ao londo do edifício. Aqui, a galeria principal está localizada, oferecendo ao edifício um forte endereço centralizado para os terraços superior e inferior. O edifício todo oferece espaços de aulas flexíveis de planta livre, assim como ambientes de pesquisa em grupo, oficinas, estúdios de filmagem, galerias e ambientes para apresentações multiuso.
A estrutura inclui o primeiro exemplar no mundo de uma estrutura de madeira pós-tensionado com mais de um pavimento, e está apoiada numa alvenaria convencional e base de concreto moldado in loco. O projeto estrutural permite que o edifício 'se movimente' de maneira aberta e fechada, já que a estrutura balança como num terremoto; incorpora princípios de projeto para evitar danos no edifício para o caso de ocupação pós terremoto. A simplicidade, regularidade e proporção da estrutura pós-tensionada limita a necessidade de divisões estruturais fixas nos dois pavimentos superiores, e permite uma gama maior de disposições espaciais, se adaptando às necessidades futuras e flexíveis. A estrutura é altamente articulada e expressada nos interiores e no exterior, contribuindo fortemente ao caráter do edifício.
O edifício emprega vários princípios ambientais, incluindo uma estrutura de madeira com baixa energia incorporada, unidades de piso compostas, combinando propriedades acústicas e térmicas de concreto com a leveza da madeira. Ventilação natural também é utilizada ao longo do edifício, onde shafts de ventilação e iluminação natural estão posicionados de maneira central dentro do edifício, e conferem boas características aos ambientes internos. A madeira aparente na estrutura e no piso, em combinação com uma gama de outros materiais crus e aparentes, integrados com instalações de arte - como os painéis do forro de Jacob Scott - conferem um pano de fundo robusto, texturizado e inspirador, além de uma boa ambiência para os estudantes criarem e exporem seus trabalhos.