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Arquitetos: taller de arquitectura de bogotá
- Área: 1576 m²
- Ano: 2009
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Fotografias:Rodrigo Dávila, Sergio Gómez
Descrição enviada pela equipe de projeto. Uma edificação onde se agrupam as artes plásticas e a música deve ser concebida como um ambiente plural, um lugar de encontro, um referencial motivador, um destino atrativo e, especialmente, um espaço inspirador. O projeto do Centro de Artes atrasou vários anos para poder acontecer, permitindo, de maneira positiva, que se revisasse várias vezes seu conteúdo e pertinência curricular, assim alcançado um refinamento de seus conteúdos, concluindo-se com uma interessante relação dual, onde o primeiro nível seria para música e dança e o segundo para as artes plásticas, ligados entre si por uma grande escadaria-hall-galeria que os articula como um lugar de encontro, performances e exposições coletivas. O projeto arquitetônico do Centro de Artes baseou-se na possibilidade de desenvolver um edifício que se integrasse ao campus escolar do colégio, seguindo com o padrão de estruturas autônomas que o constituem, trabalhando os materiais que caracteriza os edifícios existentes de salas de aula e dando-lhes uma dimensão atual em estética e espacialidade.
Em relação ao campus, o edifício posiciona-se como a semente de um segundo "quad", ou espaço verde central, previsto na visão geral do Plano Diretor, onde, em conjunto com o edifício existente da Escola Secundária, estarão acompanhados por futuras construções do Bacharelado, cafetaria e outros que não foram definidos utilização. Este novo espaço comum, ou segundo "quad", continuará exaltando a maravilhosa condição verde da Escola com uma área ajardinada generosa composta por prados, plantio de árvores nativas, e algumas praças da entrada dos edifícios.
No que diz respeito com a estética e materialidade do Centro de Artes, buscou-se sua integração com os edifícios de salas de aulas existentes, de tal maneira que se optou pelo ladrilho como material predominante, mesclando-o com madeira na escada central e com tubos pintados de três cores (vermelho, laranja e amarelo) nas fachadas da área de artes e no segundo piso. Para o salão de orquestras planejou-se um manejo particular e acústico com o uso da madeira no piso, madeira e forro. Para as outras salas de música utilizaram-se painéis absorventes acústicos e tapete. Nos salões de arte predominam paredes brancas e claraboias que permitem captar a luz exterior de forma indireta.
Com o apoio de uma equipe profissional interdisciplinar, a sustentabilidade e o conforto foram, também, implementados como elementos fundamentais no projeto. Por exemplo, nos salões de música que devem ser herméticas por razões acústicas, desenvolveu-se um sistema de entrada de ar por convecção natural através de dutos acústicos de injeção de ar no forro.
Em detalhe, o edifício contém os seguintes espaços: no primeiro nível; um salão de dança, dois salões de música, cinco espaços de ensaio -um deles é um estúdio de gravação-, e dois estúdios para artistas -um músico e um pintor. Além disso, cada salão de música conta com seu próprio depósito para armazenagem dos instrumentos e utensílios. Nesse nível também encontra-se um salão divisível para trabalhos com materiais e um salão de orquestras com capacidade para 200 pessoas. No segundo piso há sete salões destinados às atividades de artes plásticas, entre eles, uma sala de cerâmica que conta com um forno, uma sala para aprendizado de design industrial, uma de gravura e uma de pintura, duas salas de desenho e uma de fotografia que conta com um quarto escuto. Assim como os salões de música, todos os espaços contam com generosas áreas de armazenamento para conservar a ordem e cuidado dos materiais.