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Arquitetos: Radionica Arhitekture
- Área: 2500 m²
- Ano: 2013
Descrição enviada pela equipe de projeto. O prédio do museu é um percurso que os visitantes sobem para superar a diferença de nível de cerca de vinte metros, a partir da estrada de acesso ao platô em que os achados arqueológicos da cultura Vučedol foram encontrados. Ao atravessar o museu os visitantes obtém todas as informações necessárias sobre a cultura Vučedol, e chegam ao terreno das sondagens arqueológicas conscientes da importância e do significado daquele lugar. As áreas de exposição do museu são uma série de terraços que lentamente adaptam-se à topografia.
As aberturas para noroeste são orientadas em direção ao rio Danúbio. Em vez de chegar ao platô arqueologico através do museu pode-se usar telhado verde em serpentina do museu.
Vučedol está localizado na margem direita do rio Danúbio, 4,5 km a jusante do centro de Vukovar. A cultura Vučedol (3000 - 2400.g.pr.Kr) que dá nome ao museu, é contemporânea ao período sumério na Mesopotâmia, ao Reino Antigo do Egito e aos primórdios de Troia. Em sua fase inicial era localizada no Srijem e na Eslavônia Oriental, e na fase final se espalhou por toda a Croácia e partes de 11 países da Europa Central e Oriental.
Os primeiros achados arqueológicos no local foram feitos pela família Streim no final do século XIX, ela era proprietária das terras de Vučedol e quem reconstruiu a casa ainda presente no parque arqueológico. Isso levou a mais pesquisas, das quais a mais notável foi a feita em 1938, quando um arqueólogo alemão, Robert R. Schmidt, escavou Megaron e encontrou o famoso Vucedol Dove.
Toda Gradac era um centro de fundição, e foi devido a moldagem e dos gases tóxicos liberados a partir desse processo que Gradac foi separada do restante da aldeia. Atuava como uma espécie de acrópole e centro religioso da aldeia. As casas Vučedol tem inúmeras tumbas cilíndricas que eram utilizadas para armazenagem, e às vezes como os túmulos dos animais e seres humanos sacrificados em rituais. As casas Vučedol são caracterizadas por seus cantos arredondados e paredes de vime revestidas com argila, além de contarem com uma grande lareira em seu centro.
A investigação sistemática de Vučedol começou em 1984, e desde o início das escavações, existia a ideia de uma museu arqueológico no local das escavações. A pesquisa parou no início dos anos 1990 por causa da guerra e foram retomadas em 2000, após a "desmineração" da área.
O sítio arqueológico estende-se a pouco mais de 6 acres e é em grande parte coberto com bosques e vinhedos. O terreno erige de cerca de 90 m, onde a entrada para o museu está a aproximadamente a 110 m, de onde o terreno de Gradac está localizado. Os principais edifícios do parque são: o museu, a Villa Streim restaurada (que servirá como um centro de pesquisa para os arqueólogos), oficinas de antigas técnicas de artesanato (para demonstrações de artesanato da cultura Vučedol), construção subterrânea nas terras de Gradac e, acima, o edifício reconstruído de Megaron..
A idéia básica por trás do conceito do museu foi a integração no terreno, o que é alcançado através do projeto do museu, que é em grande parte enterrado no solo e apenas a fachada está aberta à paisagem. A sua forma, como uma serpentina, acompanha o terreno, e seus terraço verde pode chegar aos sítios arqueológicos acima do museu. A integração com o terreno é obtida, além do uso da forma de serpentina, também ao selecionar materiais, como o tijolo para o revestimento exterior, um material natural que muito se assemelha ao chão do local.
O interior do museu é dividido em seções diferentes. O pavimento térreo conta com café e vestiários, projetados para os visitantes. Escritórios e armazéns são acessíveis a partir do térreo e estão parcialmente enterrados. O restante do espaço de exposição interno é dividido em vários níveis, interligados com rampas. Em níveis distintos de espaços de exposição, é possível sair do museu, e continuar em com a visitação na superfície do telhado. Devido ao fato de que a construção está em sua maioria enterrada, e também devido a profundidade do espaço, os átrios foram projetados para iluminar ainda mais o espaço interno.
Toda a estrutura do museu é feita de concreto armado. É constituída por uma laje de fundação e as paredes longitudinais entre cada serpentina, paredes trapezoidais transversais, vigas longitudinais e transversais e lajes de telhado. O tratamento do interior é simples; as paredes apresentam concreto à vista, finalmente pintado em preto, e no piso carvalho claro foi instalado.
Como parte do futuro parque, atividades turísticas e de lazer estão sendo planejadas, bem como uma grande área de estacionamento para carros e ônibus, e um cais para barcos de turismo.