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Arquitetos: IROJE KHM Architects
- Área: 329 m²
- Ano: 2013
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Fotografias:Jong Oh Kim, Sergio Pirrone, Jeong Sik Mun
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Fabricantes: VMZINC
Descrição enviada pela equipe de projeto. Há 20 anos, o governo organizou em Gangnam “the house expo”, onde construiu esta “cidade expositiva” caracterizada por residências baixas; todos os terrenos pertencentes à “cidade” foram projetados por arquitetos já reconhecidos na Coreia, selecionados para participar do projeto. O lote de “GaOnJai” é um dos espaços que integra essa cidade monumental, seu proprietário decidiu construir a casa do zero, após demolir a antiga residência que ocupava o lote.
Bom aproveitamento do terreno e sustentabilidade: Para maximizar a eficiência do uso da terra, visando o ecologicamente correto, a qualidade dos espaços se tornou uma exigência importante do proprietário, que considerava os antigos ambientes da casa demolida estreitos, inúteis e escuros.
Áreas Reservadas: Para garantir privacidade, segurança, bloquear ruídos, fumaça e o olhar de passantes, foi solicitado uma composição introvertida para o projeto.
Aproveitamento da paisagem do entorno: A sala de estar deveria portar dinamismo – um enquadramento pitoresco das montanhas próximas foi uma das exigências feitas.
A casa, que possui uma identidade própria e referências à cultura coreana, foi solicitada pois acreditamos que essa cidade é uma representação do tipo de projeto residencial que se espera atualmente na Coreia.
Ao introduzir o conceito de “Madang”, o pátio interno tipicamente coreano, conseguimos satisfazer o desejo pelo espaço introvertido, a área reservada e ecológica. Trata-se de um espaço externo útil e com vida, com um bom aproveitamento da natureza.
Ao introduzir o conceito de “Ru”, também típico da arquitetura coreana, fomos capazes de englobar ao projeto a vista das montanhas próximas, mudando o eixo da sala de estar de forma a enquadra-las. O espaço situado abaixo do “Ru” é apenas o começo de uma sequência dramática de passeios e caminhos pelos espaços da casa, similar a uma caverna.
Por fim, ao introduzir o conceito “Cheoma”, o telhado em balanço, possibilitamos não apenas resistência contra o clima mas também revivemos a linguagem tradicional ao traduzi-la para a linguagem moderna. O uso de paredes de concreto com padrões exclusivos, derivadas das tradicionais paredes de pedra, faz referência ao passado.
Ao adaptar a topografia do terreno existente (baixo e alto Mandang), vários pisos alternados foram posicionados nos espaços internos, desenvolvidos com diferentes níveis que geram opções interessantes de passeio ao longo da casa. Essa adaptação natural também é parte da cultura arquitetônica da Coreia.
Todo o programa e espaços da casa foram posicionados de forma a integrar um percurso interessante dentro e fora do projeto, tanto visual quanto espacialmente. Esperamos que a vivência nessa casa continue surpreendendo por um longo período de tempo, proporcionando sempre um caminho diferente para os moradores dentro de seu próprio universo.
Orignialmente publicado em 17 de Fevereiro de 2014.