- Ano: 2008
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Fotografias:Jesús Granada
Descrição enviada pela equipe de projeto. Entre as províncias de Granada, Málaga e Córdoba, a aldeia de Iznájar se assenta sobre uma colina às margens do rio Genil. Esta localidade dá nome ao reservatório situado abaixo da aldeia que, por suas dimensões, é chamado de lago da Andaluzia.
A monocultura de oliveira é predominante em todo o território. De forma pontual a paisagem é interrompida por áreas florestais e pelo reservatório. Situado em uma área de urbanização recente, o conjunto faz fronteira a norte com um vale, a sul com um terreno no qual outras moradias serão construídas, a leste com habitações existentes e a oeste com um centro de transformação.
O terreno é caracterizado por um declive acentuado, com diferença de 12 metros entre uma extremidade e outra.
O acesso às casas é realizado pela fachada sul através da garagem. Neste nível está a área diurna, a cozinha e um pátio interior. Esta entrada é a expansão natural para o exterior privado da casa, uma releitura das habitações tradicionais da Andaluzia.
Esta sucessão de espaços justapostos foi obtido também no interior das casas. A sala de estar tem foi pensada como a sala principal, que articula os espaços interiores. O pé direito duplo banhado pela luz zenital conecta as áreas de estar, no piso térreo, com as áreas mais íntimas no primeiro pavimento.
O rigoroso programa de 70 metros quadrados foi enriquecido pelo esvaziamento do volume interior das habitações, aumentando as alturas mínimas, chegando a 7 metros na sala de jantar e 4 metros em dois dos três quartos.
Recuando fachada e alternando entre cheios e vazios, pudemos brincar com as luzes e as sombras de uma maneira eficaz e rentável nestas latitudes. Na extremidade oeste de cada lote o ritmo das fachadas muda, adaptando-se à singularidade de cada casa. Os azulejos e a cor branca das paredes contrastam com a cor vermelha das persianas, destacando o conjunto da paisagem.