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Arquitetos: Suárez Corchete; Suárez Corchete
- Área: 1770 m²
- Ano: 2012
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Fotografias:Fernando Alda
Descrição enviada pela equipe de projeto. Como premissas de projeto estão a economia, a compacidade, a flexibilidade dos espaços livres posteriores e a ideia de que a imagem externa seja a de um único edifício contínuo, não fragmentado. Uma parede branca, suave, decorada com pequenas molduras de tendência moderna pela escolha dos materiais que as compõem.
As unidades estão alinhadas duas a duas de modo que os deslocamentos na geometria externa acontecem a cada par de habitações.
Cada uma das unidades apresenta uma pequena varando coberta de entrada, compartilhada com a habitação vizinha. Em planta baixa a cozinha e a sala de estar são distribuídas como a continuação do pátio posterior mais íntimo. No primeiro pavimento estão os três quartos e o banheiro, sendo o quarto principal aberto, também, para a rua.
Os vazios na fachada foram compostos como molduras modernas em uma parede branca, suave, abstrata, ajudando a diminuir os recortes produzidos a cada duas unidades
No fundo do lote há um pátio que possibilita a criação de um jardim muito conectado com as habitações.
Regeneração Urbana
El Saucejo tem uma importante comunidade cigana que vive em um bairro muito deteriorado, e a construção de novas unidades de habitação no bairro foi uma aposta da Administração Pública para melhorar as condições de vida no entorno.
Esta edificação de habitações sociais para a comunidade cigana se encontra no mesmo bairro periférico onde a comunidade já vive. Bairro onde as formas de morar estão a meio caminho entre a habitação tradicional (com a mínima qualidade exigida) e o barraco autoconstruído.
Construção na periferia
Na periferia o urbano se dilui, torna-se selvagem, vago, ambíguo. Opta-se pela busca da referência, um bloco compacto na cor branca com uma grande presença desde as rodovias próximas ao município.
Este volume divide o solo urbano do solo agrícola, atuando por sua vez como uma muralha visual das zonas periféricas e dos subúrbios totalmente degradados. A paisagem é integrada, resultando em perspectivas mais sugestivas em direção à cidade.
Construção com o clima
A habitação se abre para o pátio posterior orientado para sudeste e para a paisagem, que favorece um bom aproveitamento da luz e do calor solar durante as diferentes estações do ano. Por outro lado, na fachada principal, à nordeste, os vazios são menores, diminuindo ganhos térmicos desfavoráveis.
Garante-se um bom comportamento climático da habitação através da ventilação cruzada do pátio posterior até a varanda da entrada das unidades.