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Arquitetos: De La Fuente + Luppi + Pieroni + Ugalde + Winter; De La Fuente + Luppi + Pieroni + Ugalde + Winter
- Área: 4000 m²
- Ano: 2011
Descrição enviada pela equipe de projeto. O IPB - Instituto de Pesquisas Biotecnológicas, se encontra localizado no Campus Miguelete da Universidade San Martín, na província de Buenos Aires. O edifício de 4000 m2 abriga as atividades relacionadas com a ciência, a educação e a pesquisa.
Este laboratório esta implantado dentro de um plano diretor junto com outros edifícios tanto educativos como administrativos e de equipamentos. Recostado sobre as vias da ferrovia Mitre, se desenvolve longitudinalmente com vistas para a Avenida 25 de Mayo, artéria principal de acesso ao prédio. Esta nave de forte presença volumétrica assume o papel principal frente a diversidade edílicia da avenida e a velocidade do trânsito tanto veicular como ferroviário.
CONCEPÇÃO
Concebido como um espaço de intercâmbio científico e cultural, transcende seu uso específico como laboratório, convertendo-se em um edifício para a democratização da pesquisa e da ciência.
A característica diferencial deste laboratório está radicada no conceito inovador de sua planta tipo, aberta e livre, onde os laboratórios e postos de trabalho se encontram articulados pela circulação, espaços de equipamentos e reuniões.
A escada, os vazios, as pontes e a entrada de luz formam uma peça única que da para a circulação o clima de passeio e percurso onde o vínculo das pessoas que trabalham no edifício é constante.
ORGANIZAÇÃO
O edifício se estrutura através de uma planta térrea e mais três andares. O andar térreo se desenvolve como um grande espaço público onde se localizam o setor administrativo, as aulas teóricas, os laboratórios escola e o auditório com seu pátio inglês.
Em relação franca e transparente com o verde do campus, o interior e o exterior se confundem e os limites se confundem, gerando a sensação de estar em um espaço aberto.
No 2º e 3º andar se localizam as áreas de laboratórios propriamente ditas.
Naves amplas e despojadas permitem o desenvolvimento das gôndolas de pesquisa. Estes espaços se encontram abastecidos por recintos específicos de alto grau de requerimento quanto a segurança e tecnologia.
Áreas de cultivo de células, bioteério, lavados, freezers e geladeiras se posicionam em torno a estas grandes naves.
No 4º andar se desenvolvem as atividades de difusão, refeitório e dormitório para visitantes ocasionais.
UM JOGO DE CONTRASTES
Um desenho rápido de raias horizontais e uma caixa preta misteriosa dialogam em um jogo de harmoniosa tensão. O concreto se converte em um material plástico, um tapete com o brilho extraído da cofragem, onde se destacam as faixas de textura das tábuas e os jateados.
Os vãos geram volumes, as vezes a pele passa pela frente e outras vezes no jogo de cheios e vazios se completa pela frente com carpintaria.
As luzes e as sombras armam um desenho dinâmico que muda com o passas das horas e das estações. Frente à contundência de sua morfologia, o edifício se apoia suavemente sobre o passeio universitário, quase transparente, deixando colar o verde do campus no seu interior. Uma grande explanada convida para o acesso.
A massa de concreto se perfura de maneira diferente para os trilhos. Um mesmo conceito, para outra velocidade de visualização e outro uso interno, os naves de laboratório.
O interior é predominantemente branco e os brilhos jogam um papel fundamental. As divisões são virtuais, materializadas por vidros que limitam mas que ao mesmo tempo unem. O uso da cor corresponde aos volumes de equipamento técnico e os núcleos verticais de circulação.
SINTÊSE
O IPB é um edifício que desafia as pautas pré estabelecidas para um programa de laboratórios, onde a matéria prima é o intercâmbio cultural personificado no percurso da circulação e espaços abertos. Um edifício que combina uma forte presença volumétrica exterior com um interior onde a luz é quem limita os espaços em um jogo de brilhos e transparências.