- Área: 1705 m²
- Ano: 2009
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Fotografias:Marcelo Coelho, Daniel Mansur
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Fabricantes: Hunter Douglas, Concrefit, CoxPort, Forbo Flooring Systems, Giroflex, Rosco, Somax, Tuma, Vidros Maia
Lugar
Descrição enviada pela equipe de projeto. O edifício foi implantado junto à alameda de acesso principal, próximo à recepção e a um dos lagos artificiais existentes.
Programa
O exíguo espaço disponível e a vontade de mimetizar o edifício na paisagem sugeriram a conformação de um extenso pavilhão horizontal, em apenas um pavimento, sobre o lago, levemente rebaixado em relação ao entorno. Sua cobertura atua como ponte unindo diferentes partes do museu além de conformar ampla praça elevada com espelho d’água ajardinado, destinada ao encontro e a contemplação, promovendo forte integração entre arquitetura e paisagismo.
O acesso principal ao edifício se dá através de uma praça que se desdobra em um amplo anfiteatro conduzindo o público à área de acolhimento. Do acolhimento pode-se acessar diretamente biblioteca, ateliês e auditório. A cobertura é também uma opção de acesso ao museu através de sua praça elevada. Tanto no percurso sobre o espelho d’água quanto nos percursos entre os diferentes programas do edifício, a circulação é sempre feita através de varandas e espaços de convívio. Neste edifício a experimentação da arquitetura se funde ao exuberante paisagismo local.
Forma e Construção
A cobertura é constituída por três lajes nervuradas em concreto aparente, moduladas em 80cm, o que proporciona organização e racionalização dos materiais utilizados. A própria organização do programa solucionou a necessidade técnica das juntas de dilatação entre as lajes, tornando independentes as lajes da biblioteca, a dos ateliês e a do acolhimento/auditório. O único volume que se eleva sobre a cota da praça elevada é o urdimento do auditório, também construído em laje nervurada.
Nesta nova versão da escultura-chave de Yayoi Kusama, de 1966, 500 esferas brilhantes de aço inoxidável flutuam nos espelhos d’água da cobertura do Centro Educativo Burle Marx, em Inhotim. Esta obra matricial da arte feminista é uma escultura em grande formato que, no entanto, se desmaterializa, movendo-se organicamente em reação ao vento e refletindo a natureza ao seu redor.
O desenho do chão tem maior liberdade. A diferença de nível entre a praça de acesso (726,80) e acolhimento (723,00) propiciou a implantação de um anfiteatro ao ar livre, voltado para o edifício.