Em maio de 2011, o governo britânico e o Royal Institute of British Architects realizaram um concurso para o novo o desenho das torres de alta tensão do século 21.O objetivo era atender às novas demandas de infraestrutura e expansão do sistema elétrico da cidade, e que acabou tornando-se uma nova oportunidade para arquitetos e designers deixarem sua marca na paisagem ao longo do século.
O concurso tinha como um dos objetivos que o impacto visual das torres na paisagem, e aos olhos do público, fosse menor, porém de maior qualidade. Foi também requisitado, explorar a relação entre infraestrutura de energia e o ambiente no qual ele está inserido.
Abaixo está a lista dos seis projetos finalistas, incluindo o projeto vencedor por Bystrup. As propostas foram expostas no V & A Museum e no London Design Festival.
1. VENCEDOR - T-pylon – Bystrup
O projeto é uma torre esbelta e compacta. Os condutores são dispostos em uma configuração triangular que reduz a extensão dos circuitos e campos magnéticos. Para se adaptar a mutável e colorida paisagem, a torre foi projetada com diferentes cores, de aço galvanizado, aço inoxidável ou aço Corten.
2. Silhouette – Ian Ritchie Architects
Com uma figura dinâmica a torre exagera na sua tentativa de alcançar o céu. É bastante esbelta e é semelhante a uma pincelada num quadro: a paisagem. Surge em seu conjunto como um padrão, preto de um lado e prateado do outro, refletindo-se assemelhando-se ao contexto.
3. Flower Tower – Gustafson Porter
A torre expressa a transmissão de energia de formas relacionadas com a natureza. Em elevação, a torre parece um monte de folhas ou flores. O agrupamento de várias “hastes/talos” cria estabilidade estrutural na base. Essas hastes são amarradas juntas com as placas de conexão e pontes horizontais que permitem o acesso para a manutenção dos cabos.
Esta proposta cria um diálogo poético entre estrutura e paisagem. Sua forma responde às mudanças na topografia em todo o horizonte com graça e leveza. Estas torres, apesar de sua aparência, são projetados para a resistência, adaptando-se as diferenças dos lugares onde estarão localizadas, através da expansão e retração de sua forma arqueada.
A composição em forma de Y observa as regras geométricas que regem a separação segura dos elementos condutores. A proposta promove uma mudança radical no projeto através da aplicação de materiais de isolamento dentro da estrutura primária. O uso de uma capa dupla de borracha e de silicone nos braços permite reduções significativas na altura da torre e no “desordem” visual.
A ideia principal deste projeto e o conceito de ”ver através de mim, não a mim”, o respeito a paisagem e o céu. Eficiência, leveza e engenhosidade. Trata-se de fazer cada vez mais transparente e aberta a estrutura, a forma mais simples e modesta.
Fonte: Pylon Design