Mudar a imagem restritiva, escura e perigosa que tinham estes edifícios em nossas cidades através da história. É fazer dos edifícios públicos e institucionais referências urbanas que dinamizem as centralidades dos bairros, como política pública de construção da cidade.
O edifício conta com uma área construída de 4.098m² distribuídos em 3 níveis que aproveitam a topografia do lote. Há um subsolo de uso privativo da POLÍCIA, ali se localizam as áreas técnicas e de estacionamento; um primeiro pavimento público que se abre sobre a praça de acesso, neste se localizam as oficinas de atenção à comunidade, um auditório com capacidade para 50 pessoas, academia e restaurante.
O projeto foi concebido para que parte destes serviços seja compartilhada com a comunidade. E há um segundo pavimento de uso privativo com dormitórios para 120 uniformizados, com áreas comuns e de descanso.
Também foram construídos 5.632m² de espaço público, entre praças, passeios, zonas verdes e quadras de futebol, consolidando assim uma nova centralidade no bairro.
Partiu-se do conceito arquitetônico “Os edifícios como ÍCONES DE BAIRROS” onde a arquitetura se torna protagonista na paisagem e começa a gerar referências na cidade, o que dinamiza os bairros onde são construídos os edifícios públicos, criando nos habitantes o sentimento de pertencer ao local. E o mais importante, a arquitetura se torna plataforma para que o estado e os cidadãos tenham um espaço para a cultura, o civismo e uma distração saudável.
A idéia projetual da imagem deste edifício é construir uma referência na cidade, uma marca que impacte visualmente a paisagem e gere nos habitantes locais o sentimento de pertencer à Instituição da POLÍCIA.
Devíamos mudar o imaginário que os habitantes têm de uma ESTAÇÃO DE POLÍCIA, que é um edifício escuro, cinza, fechado, restritivo e perigoso, por uma imagem de edifício alegre, cálido, aberto, iluminado, que tenha cor, em poucas palavras, um EDIFÍCIO VIVO, amável com o entorno e que cause emoções positivas nas pessoas.
O edifício é concebido como uma CAIXA DE LUZ que levita sobre a paisagem. Isto se consegue a partir de uma pele que envolve o segundo pavimento que conforma o volume, gerando fechamentos do edifício e conformando pátios abertos nos acessos. Isso é o que permite a sensação de levitação.
Este edifício, por suas características tectônicas e formais, tem a qualidade de se ressaltar na paisagem de dia e à noite de maneiras diferentes graças ao material utilizado na pele envolvente.
As intenções arquitetônicas para este edifício de dia são de um edifício alegre, colorido, que se ressalte no lugar, contrastando com as árvores, as montanhas e o céu, e à noite se converte em uma caixa de luz devido o fato de que sua fachada se torna translúcida por seus orifícios (Software 50) e que permite esta condição de luminosidade. E assim se constrói um ícone de dia e à noite, permitindo que, durante as 24 horas, seja protagonista no bairro e fortalecendo a presença da Polícia na imagem dos cidadãos.
O edifício em seu interior é um grande espaço construído em concreto que oferece uma cor cinza claro em toda sua espacialidade, o que permite refletir a luz de maneira correta em cada lugar.
Tendo esta base de cor cinza se ressalta estrategicamente os quatro módulos de dormitórios com quatro cores a partir dos PAINÉIS 300 FS Perfurados (laranja, amarelo, verde e azul). Isso dá ao edifício calidez cromática.