A Igreja de Iesu nasce com o desejo de servir aos vizinhos do novo bairro donostiarra de Riberas de Loiola, um bairro que abriga mais de 2000 pessoas. Localizada na margem esquerda do rio Urumea junto ao Jardín de la Memoria, a obra durou quatro anos e só foi concluída na primeira metade de 2011. Destaca-se pela busca de conceitos como simplicidade, pureza, resguardo ou escala humana.
O templo de um desenho vanguardista possui uns 900m2 de superfície com os locais paroquiais anexos, e grandes alturas que vão desde os 28 metros da Capilla de la Reconciliación até os 21 metros da cruz. O edifício que é virado ao nascente tem sido qualificado pelo próprio Rafael Moneo como “generoso em seus espaços e muito modesto em seus materiais”.
Destaca-se sua planta em cruz quebrada e sua condição não estritamente simétrica, com a que segundo seu autor “pretende refletir as tensões do mundo de hoje”. Anexo a este volume se encontra um edifício em forma de “ele”. A esquerda da nave principal está a sacristia e o batistério e a direita, a Capilla de la Reconciliación onde se encontra um grande vitral e o sacrário. O vitral foi desenhado pelo próprio arquiteto e feito de alabastro procedente de Cintruénigo.
Percebe-se que, no teto, uma grande cruz assimétrica se desenha por um jogo de luzes que entra pela coberta. Sua luminosidade é propiciada por diferentes vãos abertos no teto permitindo que os raios entrem por eles e se reflitam nas paredes de estuque branco que cobrem o concreto por dentro e por fora do templo.
Na fachada sul do edifício e a 20m de altura, encontramos a estrutura mais simbólica da Paróquia. Um enorme vitrô de quase 07 toneladas, 10m de altura y 5m de largura, onde se veem representados os 12 meses do ano em números romanos, a planta da Igreja, o sol, a lua em fases distintas.
O vitrô conta também com dois basculantes fixos, construídos em aço e forrados exteriormente com madeira de cedro canadense tratada com óleo natural.
A iluminação artificial das lâmpadas a baixa altura, forma uma espécie de coberta próxima às cabeças dos paroquianos, o que contrasta com as altas paredes do templo e a distinta iluminação natural do teto.
Ainda no seu interior, destacam-se o retábulo de Javier Alkain , a imagem da Virgem, uma obra de bronze do escultor José Ramón Anda e vitral, uma criação do próprio Rafael Moneo
Na sua fachada exterior, encontra-se incorporado um revestimento especial autolimpante e descontaminante, permitindo assim, reduzir o nível de poluição nos arredores do bairro Riberas de Loiola.