O projecto de modernização da escola secundária D. Dinis teve a particularidade de ser pioneiro no âmbito das reformas em curso levadas a cabo pela Parque Escolar, e simultaneamente corresponder a uma tipologia que abrange cerca de 70% das escolas secundárias em Portugal – a Pavilhonar.
Os projectos pavilhonares, maioritariamente construídos durante a década de 70, foram projectos elementares, seja do ponto de vista programático e funcional, seja do ponto de vista construtivo, onde a ausência de isolamentos térmicos ou acústicos, de infra-estruturas de climatização e outras revelavam a um só tempo a escassez dos empreendimentos.
A reforma de modernização assentou em primeiro lugar numa melhoria programática acrescentando e recolocando espaços funcionais (como é o caso da biblioteca, sala polivalente, áreas de estudo livre para alunos e professores, espaços departamentais, etc.) numa localização epicentral face às construções existentes para que toda a actividade escolar gravite em seu redor. Por outro lado melhorar as condições arquitectónicas, construtivas e respectivas infra-estruturas nas edificações existentes. Por fim, oferecer à escola condições que permitam uma melhor gestão e exploração dos seus próprios recursos.
O edifício novo, que diferencia a escola secundária D.Dinis, é uma espécie de espaço central, sem principio nem fim, onde se instalam as funções vitais da nova escola, e a partir do qual se coligam todos os pavilhões existentes.
Aquilo a que nos primeiros debates, que antecederam o projeto de modernização, sempre foi apelidado de “learnig street”. O sistema construtivo deste novo edifício não foi indiferente ao fato de toda a construção ter sido realizada em apenas seis meses, tendo-se optado por uma tipologia de obra limpa, estrutura metálica e paredes exteriores em sistema de “sandwich”, acabada a chapa ondulada quer no exterior quer no interior. A cobertura é também em chapa metálica, sobre a qual se apoiam os respectivos isolamentos térmicos e acústicos.
Contrastando com a cor branca da parede periférica, o pavimento contínuo é vermelho, elemento que se estende às construções existentes, e que de certa forma unifica o conjunto.