Em 1977, como parte de uma grande iniciativa de planejamento da cidade, o primeiro ministro de Baden–Württemberg, Hans Filbinger, organizou um concurso internacional privado para o projeto da Neue Staarsgalerie que revitalizaria e revigoraria a influência cultural em Stuttgart, Alemanha. O concurso colocou as questões de se fazer uma conexão com a antiga Staatsgalerie de 1843, bem como de se atravessar o marcante declive do local. Em 1979, a escolha unânime do júri foi o projeto de James Stirling e Michael Wilford.
Concluído em 1984, o projeto de Stirling incorporou o declive do terreno como parte de um passeio arquitetural que direciona a passagem pública através do edifício, introduzindo as transições da arte clássica da Alte Staatsgalerie e a arte moderna da Neue Staatsgalerie em uma resposta arquitetônica contínua.
O desenho de Stirling surgiu da ideia de combinar elementos do design tradicional dos museus clássicos do século XIX com o moderno, complementado por elementos industriais que acabariam por evocar a atemporalidade, ainda que em constante evolução, da essência da arte e da arquitetura.
O museu é uma série de integrações com o local e períodos da arte e do design. Stirling reúne materiais do passado, travertino e arenito, com aço industrial colorido por todo o museu de forma a respeitar a arte e o design do século XIX, desenvolvendo uma relação com materiais modernos que resulta num museu singular, baseado na combinação de elementos históricos com um vocabulário moderno.
Apesar da incorporação de mais elementos modernos justapostos aos materiais clássicos, o desenho do museu é reminiscente do estilo neoclássico da Alte Staatsgalerie. Similar à antiga galeria, Stirling insere a disposição restrita em formato “U” dos espaços da galeria para criar uma organização tradicional com uma estética contemporânea.
Através do museu, o arquiteto implementa uma série de cores como identificadores da função. A entrada principal possui uma treliça metálica azul que se fixa às paredes de travertino e tubos metálicos em rosa claro e azul que demarcam por onde a circulação acontece. Este é o caso em que o passeio público passa pelo edifício enquanto atravessa o declive do terreno.
A área mais proeminente do museu é o átrio central que une o jardim de esculturas com o passeio público que o atravessa. É o único espaço do edifício que faz referências diretas aos tradicionais projetos de museus do século XIX; existem colunas, frontões, arquitraves e revestimentos desenhados de pedra que interagem com o passeio público que envolve o átrio circular.