O terreno está em uma zona residencial conhecida. A habitação foi construída nos anos 60. Suas linhas retas, distribuição honesta, comunicação com o exterior e a exploração da materialidade, representam a arquitetura de seu tempo. Todas estas dicas ajudam a decifrar o autor do projeto e a guiar o árduo trabalho de intervenção, respeitando a sua essência.
O projeto consiste na restauração de uma casa antiga, deteriorada com o tempo. A residência já havia recebido intervenções anteriores, mas ainda assim não havia muito que resgatar.
O projeto inicia-se com a demolição de algumas das áreas da casa, mantendo quase todo o piso original no térreo, principalmente porque era ali que se encontravam as novas instalações. Foi um trabalho de precisão, exigido pelos clientes: uma família jovem com uma forma única de perceber a arquitetura e vive-la.
A habitação gira em torno dos espaços principais, o átrio de entrada, com pé-direito duplo, e o terraço. O átrio está restaurado e destinado a converter-se em um espaço escultórico. O novo terraço é onde a família interage e passa a maior parte do dia.
Um dos principais objetivos era criar um espaço acolhedor livre dos estereótipos atuais e das tendências arquitetônicas. Os materiais utilizados são os protagonistas do espaço; a madeira, como material predominante nas fachadas e interiores, ou a pedra selecionada complementam o existente.
A orientação do edifício define o projeto das fachadas, uma pele translúcida que resolve a radiação solar nos quartos, a aquisição da dualidade entre um espaço aberto e um isolado.
Informação Complementar:
- Construção: Arq. Elías Rizo
- Cálculo: Ing. Ricardo Ortiz
- Instalações: Eliseo Vázquez (eléctrica) Guillermo Garibay (sanitária)
- Esquadrias: Kommerling
- Iluminação: Construlita
- Interior: Ana Laura Oroz e Interiorismo Colectivo
- Paisagismo: Marco Antonio Rodea