A volumetria da Casa 53 foi definida a partir das leis de construção da cidade de São Paulo e do formato peculiar do terreno, que tem pouco mais de 10 metros de frente e aproximadamente 30 metros de comprimento.
Segundo a legislação, uma edificação com até dois pavimentos pode ser construída, neste bairro, sobre as divisas laterais do terreno e um terceiro andar é permitido desde que sejam respeitados os recuos laterais.
A casa, então foi pensada como um bloco monolítico de madeira e massa e, sobre ele, um outro volume de concreto e vidro. Por causa da pequena frente do terreno e da volumetria possível, as duas extremidades da caixa teriam que aproveitar a maior entrada de luz possível, com grandes janelas.
Seria conveniente também que essas janelas pudessem dar flexibilidade para os quartos, escurecendo o ambiente interno quando desejado.
O volume inferior da casa, que comporta, no primeiro piso, a sala e, no segundo, os quartos, é uma caixa de vidro e brises de madeira, que abrem com portas tipo camarão.
A fachada frontal e traseira dos quartos foi pensada para se fechar e se abrir totalmente.
Do exterior, quando os brises (e o muro frontal , que segue a mesma linguagem) estão fechados, não é possível distinguir as aberturas, e todas as superfícies de madeiras constituem um volume único puro, sem saliências. Quando esses brises estão abertos, a casa parece uma grande dobradura de madeira.