A arquitetura do edifício responde não somente a topografia, já que está em localizada em uma colina íngreme, mas também ao programa do edifício.
Existem áreas mais públicas que são mais iluminadas e comunicadas com o entorno, e outras onde a tranquilidade e relaxamento são necessários, mais escuridão e privacidade.
Respondendo a estes requerimentos, o edifício é projetado em dois níveis deslocados entre si. O nível superior foi pensando como se desprendesse da dobra da colina, gerando um espaço intermediário, uma varanda que se estende até o exterior, sobre as colinas circundantes. Neste nível estão as piscinas, o ginásio e uma pequena cafeteria.
Em contraste, o nível inferior, no qual estão as áreas de spa, o edifício é mais hermético, mais íntimo, é um espaço no “interior da colina” e da rocha. Neste lugar, se está em uma caverna, onde as vistas são controladas, são fragmentadas, predominam as sombras e o som da água que brota nas paredes.
O edifício está parte fora, parte dentro da colina.
No nível superior existem dois pátios com formas que rompem com a geometria da planta, uma “tela” retangular onde se fortalece, ainda mais, a idéia de habitar um espaço entre as colinas e onde o céu é especialmente relevante.
Ao mesmo tempo estes espaços intermediários criam perspectivas distorcidas em todos os sentidos.
Devido ao deslocamento entre os dois volumes, gera-se uma “gruta” em que está a circulação do volume inferior, que rodeia uma parede de pedra por onde cai a água da piscina do volume superior.