Constituído pela porção mais arborizada e repleta de frutais, dotado de nascentes, fauna e flora ricas, além de bela vista, o terreno era indicativo de que algo surpreendente teria que surgir dali. Deparamos-nos com um terreno, que apesar de amplo – com mais de 1900 m², – tinha 17,74 m de declive e muita vegetação nativa.
Assim, somados no sentido frente fundo do terreno ao forte declive a partir do pequeno platô na chegada que acompanhava o desnivelamento da rua tivemos o “insight” que determinou o partido a ser adotado: uma casa que flutuaria sobre o declive e conseqüentemente sobre o verde, deixando-se permear pelas árvores e não abdicando da vantagem de estando no alto privilegiar a melhor ventilação e paisagem.
Dessa forma que saíram os traços que deram vida a “Residência Ecológica”, uma casa com área construída de 660,56m², aproveitando todas as árvores com troncos iguais ou superiores a 10 cm de diâmetro e utilizando a declividade do terreno sem qualquer movimentação de terra.
A residência foi planejada em três planos interligados, com arquitetura totalmente integrada ao meio ambiente, concebida com respeito à topografia do terreno e a vegetação nativa. Pilares que sustentam a edificação, recortes, espaços vazados e desvios determinantes foram pensados para contornar as frondosas árvores do Horto Florestal, um dos bairros mais nobres da capital baiana.
Optamos por fazer a casa flutuar sobre o verde e debruçar-se sobre a paisagem do Horto Florestal, mas sem abrir mão do conforto, tecnologia e segurança disponíveis na atualidade. Além de amplas suítes, varandas e salas, o espaço também contempla uma passarela de vidro sobre o terreno e vegetação há 13 metros de altura integrada à área social à área de lazer, grandes janelas para ventilação cruzada e deck suspenso onde fica a piscina com borda infinita.