Um corpo celular e conceito uterino: Este projeto é desenhado como um corpo celular, localizando o berçário no centro da disposição como o núcleo, jardins ao redor como o citoplasma e uma parede de fechamento circundante como a membrana.
Um amplo playground externo é criado através de paredes contínuas curvilíneas que formam limites para a instalação. A entrada “vaginal” é caracterizada por uma abóbada de concreto que é uma continuação da parede periférica. Flutuando dentro de sua membrana, o berçário recebe os visitantes em um espaço redondo no centro do edifício iluminado por um pátio coberto.
Todas as unidades para as crianças irradiam deste ambiente central. Este conceito de espaço transitório e passagens centrípetas evitam todo o efeito de corredor e de início e fim de movimento. Logo, as salas de jogos se espalham como uma ventoinha de mão idealmente orientada para sul onde cada uma se direciona para seu próprio playground. As linhas curvas das paredes e do teto enfatizam o conceito orgânico e uterino que proporciona segurança e conforto dentro do edifício como dos pais para as crianças.
Escala dupla: A altura do pé-direito das salas de jogos é de 2,10 metros para criar um ambiente confortável para os bebês e as crianças. Logo, para dar uma ideia forte de luz direta, combinamos esta medida com uma variação de altura de teto que vai até 4,20 metros, criando uma grande série de espaços e volumes.
Graças a este efeito de contraste, as unidades com teto mais baixo são percebidas como recessos de proteção. O espaço de circulação e as unidades para as crianças são iluminadas por aberturas zenitais, originando o contraste entre espaços com pé-direito menor que são iluminados moderadamente e espaços que recebem generosamente luz do dia. A transição entre as diferentes alturas dos tetos é suavemente realizada por curvas, gerando variações na reflexão de luz sobre os tetos.
Fragmentação do edifício: Considerando a percepção do edifício pelas crianças, decidimos torna-lo em uma série de caixas de diferentes dimensões que surgem do meio de um bosque de bambus e que capturam a luz do dia. Esta ideia não consiste apenas em uma função estética: graças a sua sombra, a barreira de bambu protege as frentes do edifício do calor enquanto as caixas de forma semelhante a um chapéu que regulam o consumo de energia dependendo da estação.
- Cliente: Communauté d’Agglomération Sarreguemines Confluences
- Texto original em inglês cortesia dos autores