A Casa de Chá, localizada nos fundos do escritório da Archi-Union’s J, é construída de partes recuperadas do galpão original cujo telhado desabou. O local era extremamente apertado com muros dos três lados e com um lado voltado para um espaço aberto que contém uma piscina. A área era ainda mais restringida por uma árvore anciã. O projeto tenta incorporar harmonia através da integração de fechamentos e aberturas, espaço agradável e lógica construtiva e outras relações complicadas.
Esta construção reage ao ambiente do local; a disposição da planta é um quadrilátero logicamente obscuro, maximizando assim a quantidade de espaço. É dividido em três partes. Uma área coberta pública no nível térreo e uma biblioteca no primeiro nível onde uma varanda triangular se estende em torno da árvore existente. Há ainda espaços mais privados como uma sala de estar, uma sala de leitura e um ambiente de serviço que são dispostos no fundo da construção; um espaço de transição agradável foi criado para conectar o espaço público aos espaços privados.
O espaço de transição foi projetado em torno de uma caixa de escada hexagonal não-linear que liga as áreas funcionais. A escada resolve a questão do deslocamento vertical entre a casa de chá e a biblioteca, proporcionado um pátio interno próximo da sala de leitura com vista para a árvore existente. O espaço foi desenhado para causar uma nova experiência em um ambiente funcional ordinário. O espaço linear repentinamente se transforma em uma forma expressiva, surgindo da casa de chá e, então, tornado em um espaço tranquilo para a biblioteca no piso acima, convertendo a sala de leitura em um espaço especial para se sentar.
O volume é uma forma tridimensional irregular que é impossível de ser compreendida através de planos. A forma torcida foi projetada através da inscrição em Grasshopper, um plug-in algoritmo para o Rhino. No entanto, esta forma é difícil de ser traduzida em informações quantitativas para orientar construção. As restrições do manual de construção obrigaram-nos a inventar soluções no momento da execução para realizar o projeto digital avançado com as técnicas construtivas locais arcaicas. Primeiramente, abstraímos o esqueleto estrutural que foi posteriormente verificado através de um software digital.
Esta forma curva foi, então, recalculada através do entrelaçamento de linhas retas; estas linhas foram então transformadas em superfícies grelhadas preenchendo o vazio. O espaçamento foi definido para a dimensão da madeira, assim o “estabelecimento” digital poderia ser facilmente traduzido em uma forma que pudesse ser manualmente construída. Uma estrutura de madeira de 1:1 foi produzida seguindo a mesma lógica do modelo digital; uma persiana de madeira subdividida cobriu esta estrutura para criar a fôrma curva. A fôrma foi construída através de uma série de camadas inferiores e superiores de acordo com a sequência da construção. A moldagem foi quase a mesma da moldagem comum de concreto, reforçada com barras seguidas de linhas retas da superfície grelhada.
A moldagem de concreto após as barras de reforço foi concluída por trabalho manual e o efeito físico final foi atingido. As marcas da fôrma de madeira permaneceram impressas sobre o concreto curado após a construção, com as qualidades dos defeitos como as bolhas, falhas de adesivos e exposição das barras de reforço presentes devido ao manual de construção – defeitos, porém, que são obscurecidos pela forma única curva. Apesar de haver erros na fôrma, planejar e moldar manualmente a combinação do projeto digital e as técnicas arcaicas de construção promoveu uma grande oportunidade de se estudar as possibilidades da arquitetura digital.