O edifício está localizado na orla da povoação, num lote irregular que confina com moradias de dois pisos, isoladas ou geminadas. Do outro lado da rua está o Centro de Saúde, institucional e de grande volumetria.
O projecto tratou de uma profunda remodelação do existente, reformulando a sua estrutura, espaços, instalações e imagem geral, ampliando a área bruta sensivelmente para o dobro.A sua implantação respeitou na rua o alinhamento existente. Os corpos novos aparecem no interior do lote, que se fechou à rua, criando um jardim interior.O conjunto de condicionantes de projecto vocacionou o discurso arquitectónico a desenvolver-se através de uma justaposição de volumes com uma relativa autonomia entre si.
O reaproveitamento parcial do existente e sua correcção construtiva e funcional, aproveitando pouco mais do que a estrutura, constituiu um primeiro elemento de projecto.A este adossou-se um corpo estreito ao longo de todo o existente, articulando novo e velho, que acomodou não apenas as acessibilidades como também todas as infraestruturas técnicas do edifício.
Neste corpo ancoraram-se os novos volumes: a grande Sala da Ria, com o seu considerável pé-direito; a “torre” negra central das Exposições Temporárias, enigmática, flutuante na água; o corpo Administrativo, da Biblioteca e Cafetaria.A água, visível a partir de todos os corpos, passa a ser o elemento de ligação da experiência do Museu.
Sendo na realidade o suporte da sua temática (marítima) e necessária para o combate a incêndios, é também um potencial campo expositivo.