Para a casa de tijolinho foi feita uma solicitação incomum para o StudioMK27: os clientes queriam uma casa com cantos opacos, sem o encontro perpendicular de folhas de vidro. O resultado seria, de antemão, uma construção mais enclausurada do que a maioria dos projetos do escritório, que buscam a maior transparência possível, em todas as fachadas.
A menor dimensão do terreno era a frente dele. Optou-se então por uma implantação de um único volume perpendicular à rua, inteiramente voltado para a lateral. A fachada frontal é cega constituindo a “casa sem cantos de vidro” desejada pelo cliente. No térreo, olhando para a piscina e para uma grande varanda através de uma cortina de vidro de caixilhos deslizantes, estão a sala de jantar, a sala de estar e o escritório.
No andar superior, também de fronte para um terraço descoberto, ficam os quartos. Toda a área privada da casa é protegida por painéis de brises tipo-camarão que podem ser totalmente abertos e conferem um aspecto mágico de uma parede de madeira que se dobra.
Para a casa foi usado tijolos provenientes de demolição, que dão nome a casa. Os blocos antigos, reciclados, tem uma aparência mais rústica e mais robusta do que os produtos novos e a história do material está impregnada nele mesmo antes da casa ser usada.
Além de preocupações em relação ao conforto ambiental, sempre presentes na história arquitetura moderna brasileira, como o sombreamento dos vidros com o uso de varandas e a proteção do sol com brises, a casa de tijolinhos incorpora preceitos mais tecnológicos como painéis de energia solar dispostos na cobertura.
conclusão: janeiro ,2009