Contexto
Element venceu o concurso em Novembro de 2004. Três escritórios foram convidados: dois deles já bem estabelecidos e Element como o “outsider”; um pequeno escritório com jovens parceiros. O planejamento começou no início de 2005 e Element foi convidado a sentar-se na comissão de construção (nesse caso, eu), onde importantes questões estratégicas, arquitetônicas e econômicas foram decididas, num total de 75 encontros. Isto foi de extrema importância para o Element e o resultado/qualidade final. As autoridades locais da construção estiveram envolvidas de uma forma muito positiva desde o início. O mesmo vale para Byantikvaren, uma autoridade que possui interesse em salvar edifícios antigos.
Nada antes havia sido construído no local. Desde o início ficou claro que este deveria ser um centro de conferências. O cliente (Union of Education Norway “UEN” – União da Educação da Noruega) afirmou no programa da competição que o principal objetivo era o de implementar uma sala de conferências que fosse a maior possível. É importante mencionar que a sede da UEN está situada numa rua paralela e no “quintal” (ver os diagramas).
Smykkesrinet é, portanto, uma ampliação das instalações existentes. Visitantes entram no saguão do prédio principal pela Hausmanns Gate ou checam o saguão da Smykkeskrinet. Em outras palavras Smykkesrinet é parte de várias construções que juntas formam um complexo que cria um sistema único de funções. Também, o antigo prédio (parcialmente ocupado por Smykkesrinet) é parte do projeto. Estamos agora desenhando apartamentos no edifício que dá face à rua (no lado direito da Smykkesrinet, se você olhar a partir da rua). Os dois prédios vizinhos para a rua são do século XVIII e possuem um estatuto especial de cuidado.
A principal batalha no local de construção tem sido as tolerâncias finas do edifício, devido aos dois edifícios vizinhos que são inclinados e não são paralelos. Além disso, eles também são construídos em fundamentos de madeira, que devem ser respeitados. Por conseguinte, o embasamento possui um espaço menor do que os outros três andares. O edifício é ancorado por pólos na terra/pedras.
Energia
Eletricidade é utilizada para a luz, projetores, etc. O principal dirigente do sistema de aquecimento e resfriamento é o seguinte: Tubos nas plataformas e a escada de concreto principal que circula águas quente e gelada. O calor do sol é coletado (através da fachada de vidro sudoeste para a rua, cerca de 200m², e também algum calor da fachada nordeste que dá para o quintal) na massa térmica do concreto e é armazenado na terra para ser retomado no inverno. Há 10 “energywells” no quintal, com 150-200 metros de profundidade. No verão, a água fria irá circular pelo prédio.
No sistema de ventilação há um “pós-arrefecimento” e Smykkeskrinet será dependente do suprimento extra da fonte de energia do estado em “topos extremos”, estimado em 50-100 horas por ano. O projeto é construído para o futuro: Otimizando o projeto e educando os usuários para lidarem com o sistema irá trazer um baixo consumo de energia ainda mais. A bomba de calor será alterada para uma bomba de calor CO2, que é muito mias eficiente e consome apenas 1/6 da eletricidade da bomba de calor que é instalada hoje em dia. Isto ira trazer até cerca de 50kW/h por ano por m². Existe, também, um tubo LED no corrimão da escada principal e no limite das coberturas exteriores.
Alterando componentes leves quando a tecnologia permite para o que eles sejam planejados. Smykkeskrinet é conectado à central de energia dos edifícios existentes e irá transportar a energia extra quando for produzida além do necessário. Em outras palavras, Smykkeskrinet se tornará um prédio de emissão zero ou de energia positiva no future. O crédito para o conceito energético deve ser dado para o engenheiro Jan Petter Dybdahl, em conjunto com Element e o cliente.
A bomba de calor é conduzida por eletricidade.
A Fachada de Vidro Para a Rua
Duas camadas de vidro e a impressão na tela estão do lado de fora do vidro interior. No concurso a arte foi colocada na fachada a fim de simbolizar o importante papel da UEN relativo ao ensino e educação. A arte também funciona como filtro solar. Numa fase inicial do processo, o artista Jorunn Sannes, estava envolvido para desenvolver a obra de arte na fachada principal. Jorunn Sannes foi o artista por trás das fachadas da Biblioteca em Alexandria de Snøhetta e é um dos três artistas que trabalharam o teto da The Opera House em Oslo.
Tivemos uma excelente aliança com Jorunn Sannes por todo o processo. Nossa relação próxima com Skandinaviska Glassystemer AB na Suécia teve uma grande importância para o detalhamento e a solução técnica da fachada principal. Há também uma obra de arte no hall de entrada, uma peça de arte da indústria têxtil que tem uma importância acústica que é necessária quando se trabalha com massa térmica e concreto exposto para alcançar os objetivos energéticos. Esta obra de arte é feita por May Bente Aronsen que estava envolvido em todo o processo desde as primeiras etapas do planejamento do centro de conferência.