É possível que as casas nas árvores sejam a origem do projeto. Sentimos falta dos momentos de brincadeiras infantis. A própria configuração do terreno nos acompanha, no meio do parque, ilhados, entre árvores, o terreno em declive…
Uma única planta por razões de uso e acessibilidade. O acesso é dado pelo encontro com o ponto mais alto do terreno. A entrada é habilitada para que possam ser deixados os carros, e cortar ventos, nos introduz ao edifício, que se organiza em cinco listras funcionais paralelas.
Uma sala de vários jogos, ao norte, os espaços para servidores com acesso independente; escritório, vestiário, cozinha e sala de instalações. Um primeiro filtro com roupeiros e banheiros, aulas conectadas entre elas e área de lazer para o sul, com vista para o campus universitário.
Quatro planos de concreto apoiadas suportam o edifício. Mesmo assim assumem a subida e a queda das instalações de abastecimento de água, saneamento, eletricidade, telecomunicações e geotermia. Duas lajes horizontais, também de concreto, resolvem o piso e o teto. São aproveitados os necessários reforços estruturais para gerar jogos volumétricos nas partes em vista, que lembram os suportes dos celeiros mais próximos.
O fechamento, de termoargila, possui isolamento contínuo pelo revestimento interior de gesso cartonado. Além disso, há a argamassa de gesso pintado pelo exterior e venezianas de madeira de cedro tratadas. Enquanto estes aspectos conferem a imagem final ao edifício, também, colaboram com seu condicionamento térmico, ao atuar como um brisé-soleil tanto na parte cega como nos diferentes vazios. Assim é reduzida a contribuição solar por todo o recinto e é gerado um filtro ventilado.
Os vazios na planta, e sobre todo o pátio central, facilitam a geração de ventilações cruzadas que permitem a redução do consumo energético artificial no verão. A boa orientação das aulas atua no oposto do inverno, ao favorecer a contribuição solar.
Texto original em espanhol cortesia de: abalo alonso arquitectos