Um banquinho é basicamente uma elevação do solo. Os desenhos tradicionais de lajotas se expandem até o infinito, repetindo uma única forma, criando, por sua vez, desenhos ao serem combinadas diferentes cores do mesmo material.
Com este conceito como base, o designer espanhol Álvaro Catalán de Ocón criou este inovador banco a partir de uma peça base: um pé com um terço do assento.
A geometria mais eficiente que oferece o maior número de possibilidades é o losango (2 triângulos equiláteros). Três deles geram um hexágono que é o melhor modo de preencher uma área. Em três cores- um claro, um médio e um escuro- obtemos um efeito visual tridimensional incrível. Unindo estes dois princípios, chegamos à ideia para esse produto: fazer uma banqueta a partir de uma única peça base, um pé com um terço do assento. Repetida três vezes é convertida em uma banqueta e a combinação de muitos, em uma mesa ou uma superfície infinita. Girando-os consegue-se uma palheta infinita de possíveis designs.
O nome Rayuela vem do romance Cortazar, que rompe com a estrutura tradicional de um livro onde se passa de uma página à seguinte até que a história esteja completa. Não existe uma forma de ler este livro; existem muitas. O mesmo acontece com nossa banqueta: de acordo como sejam organizadas podem formar uma mesa ou outra, cada vez um desenho geométrico diferente. Cada usuário terá sua própria mesa. O design somente entrega as peças e o usuário as compõe conforme queira.
A palavra “Rayuela” faz referencia a uma brincadeira de crianças que em português chamamos “amarelinha” e à palavra “rajola”, que em catalão significa lajota.
- Fotógrafos: Falkwyn de Goyeneche, Alfonso Herranz