Apero é uma chiasse longe projetada pelo argentino Francisco Gómez Paz, e fabricada completamente à mão. É muito mais o resultado de muitas experiências mas acima de tudo, de muitas reflexões; em certo modo, a culminação de mais de uma inquietude pessoal, não somente como projetista, senão como habitante desta sociedade cada vez mais cheia de coisas e mais vazia de valores.
Talvez a mais importante destas inquietações foi a de encontrar o modo de traduzir através deste objeto uma afirmação pessoal sobre o papel do design, como atividade de grande impacto social. Porque, no fundo, o que é o design senão uma ferramenta única que tem a força de converter as próprias convicções em atos de expressão cultural?
O projeto parte de uma investigação generosamente apoiada pela fundação Sumampa, destinada a redescobrir o genuíno valor de uma tradição de artesãos procedentes do norte da Argentina, uma zona rural amplamente esquecida pelo frenético processo do mercado de consumo.
Atrás do entusiasmo próprio do processo criativo e do desafio de encontrar novos valores estéticos e funcionais, existiu desde o princípio desta experiência a convicção de saber que existe o modo de fazer desta profissão uma atividade mais nobre, com uma urgente dimensão social, de descobrimento de possibilidades, de integração de setores e de recuperação de tradições, talvez para dar onde não exista, através do fazer onde não se faz.
Apero utiliza couro cru e a tecnologia usada para os “aperos”, montagem tradicional do norte argentino. O couro cru é costurado a mão sobre a estrutura de aço. O couro ao secar submete a estrutura a grandes tensões, que se comporta elasticamente. O resultado é uma estrutura mista de grande rigidez.
Há um novo modelo em vime.