Realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo, com curadoria da arquiteta Marisa Barda, a mostra tem como eixo o Plano Municipal de Habitação da Cidade de São Paulo, possibilitando ao visitante observar e avaliar as prioridades adotadas para intervenções ambientais e urbanísticas planejadas pela Sehab em cada região da capital.
O Plano Municipal de Habitação apresentado na mostra agrupa-se nos chamados PAIs – Perímetros de Ação Integrada – projetados para cada região da capital paulistana, com objetivo de definir metas e ações que orientam a atuação conjunta do poder público, do setor privado e da sociedade civil.
A exposição mostra o processo de transformação de comunidades, favelas e loteamentos irregulares em novos bairros integrados à cidade, resultado do planejamento que vem sendo implantado desde 2005 em comunidades da periferia de São Paulo. As melhorias realizadas nestas regiões, além de considerarem as condições jurídicas, favoráveis à regularização destas ocupações, garantem o acesso à saúde e à segurança, facilitando o trânsito dos serviços urbanos nestes locais, antes considerados degradados. É um pouco disso que cada visitante irá encontrar no MCB.
Fotografias, desenhos e vídeos mostrarão projetos de reurbanização executados, como o parque Cantinho do Céu, às margens da represa Billings, na zona sul e outros que se encontram em vias de realização, como os projetos urbanos selecionados para os Planos de Ação Integrada (PAIs), no concurso nacional de arquitetura Renova SP, realizado em 2011.
São Paulo: da cidade informal aos novos bairros apresenta também uma extensão da 5ª Bienal Internacional de Arquitetura de Roterdã, cuja exposição principal teve início em abril deste ano, na Holanda, e teve como tema Making City / Fazer Cidade. A partir deste mote, três test sites (planos elaborados especialmente para a Bienal) foram realizados nas cidades de Roterdã, Istambul e São Paulo. A mostra do MCB exibirá os resultados obtidos no campo de experimentação paulista, focado na região do Cabuçu de Cima, nos distritos de Jaçanã e Tremembé.
Sobre a curadora – Marisa Barda é arquiteta formada pela FAUUSP, mestre em História e Fundamentos da Arquitetura e Urbanismo pela mesma instituição. Viveu em Milão de 1982 a 2002, onde atuou em escritórios de reputação internacional, estabelecendo estúdio próprio em 1990. Vive em São Paulo, mantendo sua atuação nas duas cidades. Trabalha em projetos de recuperação, restauro e arquitetura.
Fonte: MCB