A Fundação Konecta organizou o Concurso de ideias de Arquitetura Social e recentemente divulgou os resultados. Na continuação, apresentamos o projeto “Su-Bidón” do estudioMatongué, que obteve uma menção. O projeto trata o problema da acumulação de lixos: a sociedade não sabe mais onde acumular seus desperdícios e isto gera um problema que o projeto pretende ajudar a diminuir.
Trata-se somente de imitar a natureza, onde nada é desperdiçado. Esta ideia é a que gera o refúgio; um organismo autônomo e vivo. E por que é um refúgio? Zygmunt Bauman, na sua obra Wasted Lives, explica que a atual crise da modernidade se reflete de duas maneiras: por um lado a contaminação e geração de resíduos; e por outro, a emigração. Questionando-se o que possuem em comum, pode se observar que tanto os movimentos migratórios, como a gestão de lixos, são baseados na busca de um lugar. Assim, pretende-se criar um espaço para quem carece dele. Seja por um desastre natural, político, despejo…
O módulo é totalmente autossuficiente, aproveita as possibilidades que oferece um bidón (tanque cilíndrico) de água. A participação deste tanque, mantendo o recipiente na parte superior, permite utilizar a água em processos energéticos. O sistema principal de geração consiste em deixá-la cair, movendo as hélices do moinho. Ao transformar a energia mecânica em elétrica, é perdido até 40% de sua produção. A fim de evitar isto são dispostos dois mecanismos, um de funcionamento mecânico direto e outro de funcionamento indireto elétrico, controlados por duas alavancas ligadas a diferentes eixos.
Fonte: accésit