O estudo para a reforma da casa vitoriana de duplo frontão em Armadale que inicialmente seria totalmente demolida. No entanto, ao testemunhar as possibilidades da moradia existente, o cliente foi encorajado a manter e restaurar a fachada principal potenciando o projeto como um todo, provocando uma resposta mais concreta à situação com a nova intervenção.
Dada à profundidade do terreno e o pedido do cliente de um espaço externo coberto, a decisão tomada foi separar ao invés de acrescentar as novas construções no fundo. Isto disponibilizou uma faixa de área externa voltada para o norte entre os “pavilhões” velho e novo. A posição e a articulação desta faixa foram fundamentais para acrescentar o interesse à experiência espacial da casa.
O resultado final segue a altura de dois “pavilhões” – na frente, o restauro da grande parte do edifício vitoriano e no fundo, a adição de um novo edifício contemporâneo de dois pavimentos. Ambos são vistos separados ainda que conectados por uma passarela metafórica que atravessa a área dos pátios – funcionando como um espaço intersticial importante capaz de mediar a relação entre os dois edifícios e sua história.
Esta passarela envidraçada transforma-se com a mudança das estações. Nos meses mais frios, age como uma conexão fechada e como um cordão umbilical entre os edifícios. Nos dias mais quentes, pode ser aberta e se tornar um espaço externo, ajudando a ampliar o piso plano dos pátios para espaços de reunião e de refeições externas.
As portas de ambas as extremidades permitem a flexibilidade de abertura ou fechamento de partes da casa conforme a necessidade. Os pátios também dividem a casa em três fortes zonas programáticas – estrutura existente como dormitórios principais e sala de desenho, novo piso térreo para ambientes de convívio e quartos para as crianças no piso superior.