Esta solução de habitação está dotada de áreas generosas enquanto seu tamanho e seu diagrama funcional sugere uma forma de habitar adaptada a novas formas de vida contemporânea. São três plantas, onde todos os espaços sociais se localizam na planta baixa, as áreas privadas se distribuem no primeiro andar, e as áreas técnicas e de apoio se colocam no nível do porão.
Nestes dias, o exterior é o desejo da casa contemporânea e, como tal, os espaços sociais da Casa Paramos se caracterizam por sua extensão ao exterior. Nas áreas privadas se privilegiam as grandes janelas e varandas, permitindo assim, o contato com o exterior e a elaboração de uma perspectiva do mundo que nos rodeia.
Volumetricamente, esta solução apresenta o lar residencial como um jogo. Se destaca a articulação de volumes, com variações entre as superfícies opacas e envidraçadas, ajustando o conteúdo programático em uma composição volumétrica cuidadosa. Distinguidos momentos volumétricos desta solução de habitação são o elevador, que se apresenta como um elemento vertical da composição e a entrada principal que se longe do encontro das fachadas, criando uma cobertura esculpida.
Sem dúvida, a zona de circulação, o elemento que da unidade espacial a casa, é o tema principal na concepção volumétrica. Isto marca uma separação da casa em dois volumes, através da sua retirada em relação as fachadas. Esta ilusão de uma diferença entre os volumes destaca o projeto e a composição das elevações.
Espacialmente, o espaço de circulação também recebe um tratamento diferente reforçando seu valor no conceito do projeto. Este momento de transição adota um tratamento de fachada distintivo, que associado com uma iluminação zenital contínua, reforça a ideia de passagem, de rota. Este impressionante projeto contemporâneo vai mais além dos modelos canônicos padronizados das soluções atuais de habitação.