Décadas depois da sua morte, a profecia de Luis Barragán poderia reviver nesta época onde as soluções ecológicas são as que se buscam por todos os lados. Sendo partidário do uso da luz natural, muitas obras dele demonstram que se pode estabelecer um estilo arquitetônico entre luz e forma. Isso dá muita inspiração a aquele arquiteto de iluminação que busca novas tendências na arquitetura. À continuação, retomamos uma apreciação até algumas das obras de Barragán que exemplificam o uso da luz natural.
Barragán ansiava por uma arquitetura moral e pura, em uma época que os primeiros racionalistas e funcionalistas estavam surgindo. Tais racionalistas como Le Corbusier, também deram boas vindas ao uso da luz do sol – o sol mediterrâneo para ser específico. . “Sinto que me converti em um homem do Mediterrâneo, o rei das formas que jogam com a luz” - Le Corbusier.
Finalmente, é essa luz – indireta, refletida ou filtrada – e a sombra, o que afeta o estado de ânimo dos que vivem em um lugar, levando-os a refletir e tornar a criar os mais puros sentimentos do espírito – José María Buen Día Julbez.
Barragán foi muito devotado à utilização da luz filtrada. Para algumas janelas em seus primeiros trabalhos, ele utilizou painéis translúcidos de vidro colorido, mais tarde substituído por um vidro que tinha sido pintado de amarelo. Excelentes exemplos são encontrados na Luna Gonzalez, o Cristo, as casas Gilradi (abaixo), e no Convento das Capuchinhas em Tlalplan.
A arquitetura como uma visão dinâmica se resolve no jogo de luzes e sombras. Este mesmo dinamismo é o que se pode retomar e junto à tecnologia que vai avançando dia a dia, levar a uma direção onde realmente as estruturas de hoje utilizem seus arredores, incluindo a luz do sol. Felizmente, a pureza das formas na arquitetura que residem na beleza da luz, permanecem, proporcionando uma oportunidade infinita ao arquiteto de iluminação para aprender dela e preencher todos os cantos das estruturas de luz natural.